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Marca faz campanha ‘mãe de planta’, é detonada e pede desculpas

Anacapri deletou postagens sobre Dia das Mães para mulheres que são ‘mãe de planta’ ou ‘mãe de bola’ após propaganda ter gerado críticas e piadas por parte de internautas

A marca de calçados femininos Anacapri deletou postagens de uma campanha para o Dia das Mães e pediu desculpas, nesta quinta-feira (9), após uma polêmica gerada pelo uso de termos como “mãe de planta” e “mãe de bola”.

Em uma das postagens da campanha, realizada nas redes sociais, a influenciadora digital Larissa Cunegundes aparecia cercada por diversas de suas plantas sentada em uma cadeira.

feedclub anacapri mae de planta 3

“Já perceberam que, para algumas pessoas, ser mãe é ter laços de sangue envolvido? Para mim, não é bem assim, não! Ser mãe não precisa ter regras, o único sentimento que precisa existir é afeto, amor e carinho. Você pode ser mãe de gato, cachorro e até mesmo planta. E no meu caso, eu sou mãe de plantas, elas me acompanham sempre”, dizia o texto.

Em outra publicação, uma mulher retratada como atleta aparecia ao lado de uma bola de futebol: “tem mamães de bichos, de bebês, de plantas e a mamãe da vez é a atleta”. Ao lado, a hashtag “mãe de bola”.

A repercussão não foi a esperada pela marca, e logo diversas críticas e piadas começaram a ser feitas nas redes sociais. Horas depois, a Anacapri se posicionou por meio de seu perfil verificado e oficial no Instagram, se retratando pela campanha de Dia das Mães.

“Gostaríamos de pedir desculpas pelo post que fizemos. Temos um carinho muito grande por nossas seguidoras e, em nenhum momento, nossa intenção foi ofender. […] Apagaremos o post porque o Dia das Mães é uma data de paz, de amor, de entender e respeitar o outro”.

Larissa Cunegundes, que protagonizou a campanha “mãe de planta”, também usou suas redes sociais para se retratar: “minhas sinceras desculpas a quem se sentiu ofendida”.

“A ideia era desconstruir padrões impostos sobre a maternidade, desmistificando, inclusive, a idealização da maternidade como sendo algo fundamental para a plenitude da mulher. […] Sinto muito por inconscientemente ofender as mães que lutam diariamente num mundo machista”, continuou.

Confira abaixo os pedidos de desculpas da Anacapri e de Larissa Cunegundes:

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❌NOTA DE ESCLARECIMENTO ❌ Vivemos em um momento importante, de vigilância e cuidado com a formação de opinião, principalmente nas redes sociais. Como figura pública, isso se intensifica, pois a dimensão do alcance e impacto, muitas vezes, não podem ser controlados. Trago isso para esclarecer, ainda que quem me conhece sabe do meu posicionamento, sobre uma postagem em que me intitulo “mãe de planta”, dentro de um contexto de campanha publicitária de uma marca, em que a ideia era desconstruir padrões impostos sobre a maternidade, desmistificando, inclusive, a idealização da maternidade como sendo algo fundamental para a plenitude da mulher. Viemos a esse mundo para aprender e, claro, que esse momento é importante para repensar o conteúdo postado aqui. De antemão, SINTO MUITO por inconscientemente ofender as mães que lutam diariamente num mundo machista, num contexto político que tenta, através, inclusive, de uma reforma da previdência horrenda, prejudicar as mulheres mais que tudo. Essa não foi nem nunca será minha intenção. Vim de um lar em que minha mãe, mulher negra, me criou sozinha e tenho vários outros exemplos de que a romantização da maternidade é um desserviço à luta feminista e as batalhas diárias enfrentadas por uma mãe. Minhas SINCERAS DESCULPAS a quem se sentiu ofendida! No entanto, queria, ainda, expressar minha tristeza por receber um volume considerável de mensagens ofensivas direcionadas à minha pessoa, não à ideia ou à marca. Acredito no diálogo e na comunicação, mas quando isso chega de maneira violenta, impondo meu silenciamento diante de um tema, isso não pode nem deve representar as lutas das mulheres. Por isso reforço: meu lugar de fala é de uma mulher NEGRA, QUE NÃO QUER TER FILHOS. Essa também é pauta de maternidade SIM, quando exijo respeito pela minha escolha. Que possamos conversar, criar uma rede de apoio, dialogar sobre a maternidade e a não-maternidade, não calando a voz de ninguém, mas juntando de forma que nosso grito saia muito mais alto e que todos possam ouvir.

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