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Pedro Cardoso afirma que quem enriqueceu com Agostinho foi a Globo

Em entrevista a Marcelo Tas, no programa ‘Provocações’, da TV Cultura, Pedro ainda criticou o governo atual e falou sobre fanatismo político

Foto: reprodução / Youtube

Pedro Cardoso, ator que interpretou por 13 anos o personagem Agostinho Carrara da ‘Grande Família’, na Globo, deu uma entrevista ao apresentador Marcelo Tas no programa ‘Provocações’, da TV Cultura.

Em um dos trechos mais chamativos, ele afirmou que quem enriqueceu com o Agostinho não foi ele, mas, sim, a Globo. Além desta declaração, Pedro falou também sobre fascismo, comentou a situação política do Brasil e fez uma crítica ao fanatismo.

“O Agostinho não me deixou rico. Quem ficou rica com o Agostinho foi a Rede Globo. A Rede Globo que é o capitalista naquele negócio, é quem tem possibilidade de ficar rico. Tenho 57 anos e não tenho uma economia que me possibilite não trabalhar. Venho ao Brasil trabalhar pelo dinheiro da bilheteria”, disse ele, que mora há dois anos com a família em Portugal.

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“Se eu não acordar de manhã e for trabalhar, não tem uma estrutura de exploração do trabalho de outras pessoas que faz dinheiro para mim, onde eu apenas emprego o meu capital ali, não acho isso uma relação justa, acho isso uma relação que produz pobreza. Por isso digo que sou de extrema esquerda, sem o aspecto ditatorial, mas da convicção da responsabilidade social”, acrescentou.

Por ter lançado o livro ‘Pedro Cardoso Eu Mesmo: Em Busca de um Diálogo Contra o Fascismo Brasileiro’, Cardoso foi convidado a explicar o que é fascismo. “É o desejo de uma parte muito grande da população brasileira de eliminar a diferença de pensamento”, disse.

Pedro acredita, ainda, que um dos elementos do fascismo é a idolatria por alguém. “Foi por Luiz Inácio (Lula), por Jair Messias (Bolsonaro) ou Sérgio Moro”, afirma. “O próprio movimento de tirar da pessoa a responsabilidade e colocar lá no líder é, em si, um ato de alienação política”, acrescenta.

Marcelo Tas também questionou Pedro Cardoso sobre o feminismo e ele disse que, após muitas conversas com sua esposa, a atriz Graziella Moretto, acabou sendo levado a refletir sobre o assunto. “Sou um convertido. Vivia como todo homem, como não sou um abusador, um homem agressivo, eu vivia naturalmente com o meu machismo”, afirmou. Ele destacou que, com a influência da mulher, sua posição mudou e que realmente foi reeducado no assunto.

Confira a entrevista completa:

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