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De palavrões a Bolsonaro: os 7 motivos que levaram Fábio Porchat a sair da Record

Apresentador e humorista aproveitou cláusula do contrato que permite rescisão antecipada

O apresentador e humorista Fábio Porchat pegou todo o Brasil de surpresa ao informar aos diretores da Record TV que quer encerrar seu contrato antecipadamente nesta segunda-feira (1). Após 2 anos na emissora, ele ainda tinha vínculo com a empresa até 31 de dezembro de 2019.

Mesmo tendo adiantado a rescisão, Porchat não será obrigado a pagar nenhum tipo de multa graças à uma cláusula contratual que permitia a ele (ou à emissora) encerrar o contrato com antecedência. A única exigência seria anunciar a decisão com 90 dias antes do final da temporada.

Como a exigência foi cumprida, a Record se manifestou dizendo que “avisada da decisão de Porchat dentro do prazo previsto em contrato, a emissora tem decidido da parte dela que o programa seguirá normalmente até o fim do ano”. A empresa de Edir Macedo também anunciou que pretende tentar convencer Fábio a continuar na casa.

Em nota exclusiva enviada à coluna de Flávio Ricco, do portal Uol, o apresentador garante que o motivo para sua decisão “não é dinheiro”. No entanto, fontes próximas a ele dentro da empresa especularam quais seriam os possíveis motivos para o encerramento do contrato. Confira:

1) Censura a palavrões

Portais da internet apuraram junto à funcionários da emissora que já faz tempo que Porchat estava insatisfeito com o excesso de “pi” nos palavrões usados durante as gravações. Uma norma da cúpula da Record proíbe veementemente o uso de palavras de baixo calão em sua programação.

2) Audiência

Segundo o colunista do portal Uol, Ricardo Feltrin, desde que estreou na grade da Record, a atração de Porchat segue em terceiro lugar em audiência, atrás de Globo e SBT. Em termos de comparação, o ‘Programa do Porchat’ registrou 4,3 pontos em setembro, diante 6,1 do ‘Conversa Com Bial’ e 5,8 de Danilo Gentilli. Supostamente o apresentador estava descontente com esses números.

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pedro bial defende waack

3) Dedicação a outros projetos

Ator, apresentador, comediante, roteirista e dublador, Fábio Porchat tem extensa carreira artística, com relativo sucesso. Na internet, por exemplo, integra a equipe do grupo ‘Porta dos Fundos’, com milhões de visualizações em em seu canal no YouTube.

Na TV, a sua primeira experiência como apresentador foi em ‘Tudo pela Audiência’, no Multishow, onde permanece até hoje. No cinema, ele já atuou em diversos filmes de sucesso, como ‘Meu Passado me Condena’, ‘O Concurso’ e ‘Vai que dá Certo’. Também dublou o personagem Olaf na versão brasileira de ‘Frozen: uma Aventura Congelante’.

4) Veto a entrevistados relevantes

O principal motivo parece ser que o apresentador pleiteia por mais liberdade. Há um tempo, ele lutava contra o fim de interferências externas ou de ser obrigado a receber artistas da casa ou de fora, como já aconteceu com Geisy Arruda, por exemplo.

Em um episódio recente, supostamente, Fábio teria se frustrado quando não obteve a permissão de entrevistar todos os candidatos à Presidência da República. Ele não aceitou o argumento de que somente o departamento de Jornalismo da emissora deveria sabatinar os presidenciáveis.

5) Censura a quadros considerados “de mau gosto”

Outro motivo que também se relaciona à liberdade dentro de seu próprio programa, Porchat estaria reclamando constantemente de ser censurado por quadros que a direção considerava “de mau gosto”. A maioria das sugestões da produção nem chegavam a ser gravadas, sendo vetadas ainda na fase de roteiro.

rita cadillac

Esse tipo de censura começou após um episódio polêmico envolvendo a ex-chacrete Rita Cadillac, dois meses após a estreia da atração. Convidada para uma gravação, ela foi surpreendida com a proposta de cravar sua “marca” numa “sarjeta da fama”: ela ficaria apenas de shortinho e imprimiria seu famoso traseiro em uma placa de cimento. Ela ficou extremamente ofendida e abandonou a emissora prometendo procurar a Justiça.

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6) Dispensa de funcionários em co-produção

Porchat também teria ficado insatisfeito com a política de Recursos Humanos da Record. No fim do ano passado, toda a sua equipe de produção, contratada por uma produtora, teve de ser dispensada, porque a emissora se recusou a pagar os salários durante os meses em que o programa ficou fora do ar (janeiro e fevereiro).

7) Apoio de Edir Macedo a Jair Bolsonaro

A coluna Zapping, da Folha de S. Paulo, também apurou que um detalhe interessante pesou na hora da decisão: Porchat teria se sentido desconfortável após a recente declaração do bispo Edir Macedo, no último final de semana, de apoio ao candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro. O humorista chegou a gravar um vídeo onde questiona as razões de alguém votar em Bolsonaro.

Líder da Universal e dono da Record, Edir Macedo declara apoio a Bolsonaro

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anitta

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