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Paquistanesa postava videos sensuais no Facebook e, por isso, seu irmão a matou

A jovem ganhou fama postando vídeos dançando e cantando com roupas provocantes no Facebook. Ela tinha mais de 700 mil seguidores.

Qandeel Baloch ficou conhecida pelos vídeos sensuais que publicava na internet (Foto: Reprodução/Facebook)
Qandeel Baloch ficou conhecida pelos vídeos sensuais que publicava na internet (Foto: Reprodução/Facebook)
Qandeel Baloch ficou conhecida pelos vídeos sensuais que publicava na internet (Foto: Reprodução/Facebook)

Qandeel Baloch era conhecida pelos vídeos sensuais que publicava na internet e a justiça do Paquistão acusou seu irmão de assassiná-la com a ajuda de mais duas pessoas, em um “crime de honra” que levou o governo a mudar a lei do país, informou o promotor Jam Salahuddin.

“Um tribunal acusou segunda-feira três pessoas do assassinato de Baloch: seu irmão Muhammad Wasim e dois cúmplices, Haq Nawaz e Abdul Basit”, disse Salahuddin à Agência Efe, acrescentando que o julgamento começará nesta quinta-feira.
Muhammad foi detido em 17 de julho, um dia depois de a jovem, de 25 anos, ter sido estrangulada na casa dos pais. Em entrevista coletiva após a prisão, ele afirmou que não se arrependia de ter matado a irmã, já que ela tinha manchado a honra da família.

A jovem ganhou fama postando vídeos dançando e cantando com roupas provocantes no Facebook. Ela tinha mais de 700 mil seguidores.

Para os segmentos mais liberais da sociedade, Qandeel era uma inspiração por suas abordagens desinibidas, enquanto outros setores mais conservadores a criticavam por isso.

Foto: reprodução/Facebook
Foto: reprodução/Facebook

Os chamados “crimes de honra” são muito frequentes no sul da Ásia e costumam envolver familiares.
De acordo com a ONG Comissão de Direitos Humanos do Paquistão (HRCP), em 2015 foram cometidos quase 1.000 “crimes de honra” no país, mas esses números escondem uma realidade muito pior que fica de fora dos registros por falta de denúncias.

Em outubro deste ano, o governo paquistanês aprovou uma lei que proíbe o perdão dos familiares das vítimas neste tipo de crime, uma brecha legal que deixava muitos homens impunes após matar uma mulher, em geral irmã ou esposa. A lei estabeleceu ainda uma pena obrigatória de 25 anos de prisão para aqueles que cometam estes crimes e a criação de vias rápidas nos tribunais.

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