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Entrevista: Luisa Mell polemiza ao dizer que churrasco ‘é festa do demônio’

“Um monte de morto ali, defuntos. E as pessoas comemorando a morte dos animais massacrados”, disse a ativista

Fotos: Reprodução/YouTube

A conhecida ativista da causa animal, Luisa Mell, concedeu uma entrevista para o colunista Leo Dias, do jornal ‘Metrópoles’. No papo, ela concedeu declarações pra lá de polêmicas sobre diversos assuntos – incluindo o consumo de carne e uma possível carreira política.

Ela chamou bastante atenção dos internautas pois chegou a dizer que “churrasco é festa do demônio” e que até passa mal apenas em sentir o cheiro do animal morto.

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Dentro do assunto, Luisa Mell fala no decorrer da entrevista que ela mesma não nasceu vegana. “Eu nasci comendo carne. Eu nasci num mundo onde se come carne, onde minha avó me deixou um casaco de pele”, conta.

Segundo ela, apesar de não concordar com o consumo de animais, ela convive normalmente com pessoas que o fazem.

“Grande parte dos meus amigos não são veganos. E eu me relaciono com todo mundo. Até porque a minha ideia não é sair do mundo e ir morar numa casinha e ficar lá vegana. Isso para mim não faz sentido se eu não transformar as pessoas e o mundo. Porque, se não, os animais continuam sofrendo. Daí eu estou aqui para transformar as pessoas e eu sei que é difícil”, comenta.

A ativista conta também que, quando começou a se relacionar com o marido, Gilberto Zaborowsky, ele ainda comia carne – mas hoje é vegano, assim como ela. “Demorou até para ele se transformar. Ele fala até hoje que, se ele comesse carne, eu não estava com ele”, afirma Luisa.

Questionada por Leo Dias se ela já foi em uma churrascaria, ela diz: “Ahh… Uma vez ele me pediu quando estávamos viajando… Não era nem uma churrascaria, era um lugar, e eu passei tão mal e vomitei a noite inteira. Porque o cheiro é aquele horror. Eu não comi nada só comi salada”, conta.

“Estar naquele lugar para mim… eu não vou em churrasco de jeito nenhum, isso é muito forte, para mim é festa do demônio. Um monte de morto ali, e as pessoas comemorando a morte dos animais, foi uma tragédia. E dali ele nunca mais repetiu”, disse. Apesar de parecer exagero, para Luisa, ao estar em um churrasco, você está diante de “um monte de defunto, animais massacrados”.

Política e medo de assassinato

Uma outra declaração bastante controversa de Luisa Mell se deu no finalzinho do papo, quando o colunista questionou se ela tem algum interesse em seguir uma carreira política para lutar diretamente pelas causas ambientais e dos animais.

A ativista respondeu que prefere não se arriscar pois teme algum tipo de retaliação e até mesmo acabar assassinada. De maneira polêmica, ela citou o nome da vereadora Marielle Franco, morta em 2018.

“Então, eu acho que eu correria o risco de ser assassinada. O meu maior medo é que aconteça comigo o que aconteceu com a Marielle”, disse.

“Eu sou muito briguenta. Se eu ver qualquer injustiça, eu me irrito e não me calo. Noutro dia desses eu estava no parque com o meu filho e vi a polícia dando um ‘pega’ num motoboy e eu me meti lá no meio. Eu sou essa pessoa, entendeu? Se eu vejo alguma injustiça, eu falo, eu brigo… Eu sou a destemida, né? Mas a gente vive num país cada vez mais violento e a prova disso foi tudo o que aconteceu com a Marielle Franco. Eu tenho uma língua grande, sabe? Seria muito difícil!”, afirma.

Assista a entrevista completa:

Instituto Luisa Mell e trabalho como ativista

A entrevista foi realizada nas dependências do próprio Instituto Luisa Mell, localizado em Ribeirão Pires, no interior de São Paulo. Mais de 300 cachorros são tratados e cuidados neste local. Existe até um Centro médico com uma UTI e espaço específico para a realização de cirurgias veterinárias nos animais resgatados que precisam.

Segundo Luisa, este não é o único espaço que ela mantêm para cuidado dos animais. “Eu tenho esse, tenho mais um para os cachorros que brigam, então, tem canis individuais. Tem mais um que eu alugo para cavalos, galos, que a gente pegou de rinha, tem mais espaço. E estou construindo o nosso santuário, agora dei uma parada. Mas para manter tudo isso tem profissionais incríveis”.

Além disso, a ativista conta que eles realizam vários procedimentos nos animais que chegam ali. “A gente opera aqui dentro, eu faço quimioterapia nos cachorros… Eu sempre digo que não posso salvar todos os animais que me pedem, é impossível, mas quando eu pego um animal eu dou tudo que existe. Esse é o meu propósito. Dar tudo o que eu daria para o meu de casa a cada animal do instituto”, afirma ela.

Leo Dias questiona Luisa Mell sobre seu propósito. “Muitas pessoas me falam: ‘Eu ria da sua cara quando você chorava pelos cachorros na televisão e, hoje, eu choro com você’. E isso para mim… É isso. Eu vim aqui para mudar as coisas mesmo, para transformar, para mudar paradigmas e toda mudança é difícil. As pessoas têm resistência. Então, eu meio que me acostumei a ser xingada, massacrada”, disse.

Ainda sobre as críticas, ela conta que sofria muito quando era mais nova. Hoje, o que a incomoda são as críticas com relação ao dinheiro doado para o Instituto. “Eu já sofri muito na televisão quando eu era menina. Naquele tempo era pior. Eu chorava porque eu não sabia, eu estava descobrindo as coisas aos olhos da televisão. Daí eu não me conformava que as pessoas não ficavam tão horrorizadas quanto eu estava descobrindo todo aquele horror”.

“Na internet, o que me irrita muito e que me deixa preocupada é quando as pessoas começam a falar que eu roubo. Onde está o dinheiro? Olha isso daqui. Muitas vezes, eu coloco dinheiro. Meu marido muitas vezes colocou dinheiro. São doações de muitas pessoas. Tem gente que doa R$ 10 todo mês. A pessoa está aqui junto com a gente”, diz Luisa.

Sobre ser chamada de sensacionalista por algumas pessoas, ela conta que apenas mostra a realidade nas redes sociais.

“Eu tenho que mostrar a verdade. Eu não aumento. Eu mostro só o que está acontecendo. Infelizmente, a realidade dos bichos no Brasil e no mundo é horrível. Os animais são muito explorados, muito massacrados. Então, eu mostro a verdade. Eu vou adorar o dia que não tiver mais nenhum animal para eu resgatar. Eu vou ser a pessoa mais feliz do mundo no dia em que só existirem animais fofos, animais em casa. Mas, infelizmente, essa é a realidade da vida”, afirma.

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