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Luisa Mell enfrenta mulher da casa abandonada e mostra tudo ao vivo

Ativista se infiltrou numa operação policial que entrou na mansão de Margarida Bonetti

Mais um capítulo na história bizarra da “Mulher da casa abandonada” – como ficou conhecida Margarida Bonetti, uma foragida do FBI que vive escondida em um casarão abandonado em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo.

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Após a divulgação do podcast da ‘Folha de S. Paulo’, o Brasil ficou sabendo sobre a história de Margarida, brasileira e integrante da elite paulistana que, junto com o marido, manteve a empregada em condições análogas à escravidão nos EUA por 20 anos.

Na tarde desta quarta-feira (20), a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão no casarão abandonado onde Margarida Bonetti vive. A ação foi tensa, pois a mulher tentou impedir a entrada dos agentes, que precisaram arrombar uma janela para acessar o local.

O mandado faz parte de um inquérito aberto pela Polícia Civil que investiga se Margarida Bonetti sofre de distúrbio psiquiátrico e se foi vítima de abandono de incapaz.

Veja também:
A Mulher da Casa Abandonada: entenda a história macabra que é o assunto do momento

Os investigadores precisavam entrar na casa para investigar e verificar se é possível constatar o crime, se atentando às condições de higiene do local.

Entretanto, de acordo com a polícia, Margarida disse que abriria a porta assim que tivesse acesso ao mandado judicial, depois de ter recebido orientação de um advogado.

Mas os policiais acreditaram que ela não pretendia abrir, por isso, tentaram arrombar a porta da mansão – e não conseguiram.

“Ela colocou um banco com um lustre, na verdade parece um resto de lustre, segurando a porta”, relatou a delegada Vanessa Guimarães, uma das primeiras a entrar na casa, em entrevista ao ‘Uol’.

Confira um pouco da ação da polícia no vídeo:

A delegada e uma outra agente abriram uma janela à força e conseguiram entrar. Elas, então, abriram a porta da casa abandonada para que o restante da equipe adentrasse também.

“Ela não tentou me empurrar, mas ficou na minha frente dizendo ‘não entra, não entra, é minha privacidade’. Aí ela percebeu que não tinha mais como evitar, então ela autorizou a entrada da escrivã de polícia e a minha enquanto mulheres”, relatou Vanessa.

Segundo a polícia, Margarida Bonetti repetiu várias vezes que não os autorizava a entrar em sua casa e que ela “tinha os seus direitos”. 

Colunistas do portal ‘Uol’ relataram que era possível ouvir a mulher da casa abandonada tentando impedir a polícia de entrar, dizendo: “A casa é uma fortaleza“. 

“A gente explicou que está cumprindo uma ordem judicial. Nós estamos fazendo um trabalho dentro da lei e tentamos ao máximo não causar nenhum dano, nenhum estrago”, disse Luiz Carlos Zapparolli, investigador-chefe da 1ª Delegacia Seccional do centro de São Paulo.

Agora veja o momento em que a janela é arrombada:

A realidade da casa abandonada em Higienópolis era de muito acúmulo de lixo, o que causava um cheiro forte na propriedade. “Ao entrar o cheiro é muito forte, tem muita coisa acumulada, lixo acumulado, roupas, restos de comida”, disse a delegada.

O investigador deu as mesmas informações sobre o estado da mansão: “Não dá para andar lá dentro, a condição é totalmente insalubre. A casa… Você não tem lugar no chão para pôr os pés”, relatou Luiz Carlos Zapparolli.

De acordo com a delegada Vanessa Guimarães“ela abre um corredor de passagem entre o lixo e o acúmulo, e a casa toda tem sujeira e todo tipo de acúmulo de lixo e sujeira“.

Luisa Mell resgata cachorro e apanha da mulher

Durante o mandado de busca, os policiais encontraram um cachorro desnutrido“Esse aqui a gente achou em condição totalmente assustada, tremendo, é difícil até de pegar, o cheiro é terrível”, disse Zapparolli. A ativista Luisa Mell esteve no local ajudando no resgaste do animal.

Um assistente do deputado estadual Bruno Lima (PP-SP), que participou do resgate do cão, relatou ter sido agredido por Margarida com um golpe de estrangulamento durante a ação. Luisa Mell confirmou a história.

“[Antes] ela pegou o cachorro das minhas mãos e colocou por dentro da blusa. Aí, eu falei: ‘gente, alguém pode fazer alguma coisa? Ela tá sufocando o cachorro’. Aí, ela bateu em um dos policiais. Eu só não apanhei também porque sai de lá correndo”, disse a ativista.

“Eu falei: ‘Você vai matar o cachorro‘, ela falou: ‘Vocês querem tirar tudo de mim’. Ela falou que o cachorro era dela e que não íamos levar. Ela não quis dar, a delegada pediu, quando eu peguei, ela me deu uma gravata e saiu atrás de mim. Eu não posso ir lá atrás, ela vai me bater, ela veio para bater. Ela bateu nos policiais”. 

Internautas criticaram a atitude de Luisa Mell de tentar conseguir destaque em meio à seriedade do caso: “Parabéns Luisa Mell, conseguiu transformar um assunto de escravidão (seríssimo) em holofote para si. Desnecessário. Nota 0!”, comentou um rapaz.

Voltando à Margarida Bonetti, segundo relato dos vizinhos, ela é “uma pessoa com problemas de saúde mental, e que estaria necessitando de ajuda”. 

Entretanto, Rosa Vicente de Azevedo, irmã de Margarida, prestou depoimento à polícia em 11 de junho no qual negou que ela tenha “problema de ordem mental”.

Ela disse que é a responsável pelo sustento da irmã e acrescentou que Margarida estava com medo, pois a janela do imóvel havia sido atingida por um tiro. A ida da polícia até o endereço nesta quarta (20) foi também para verificar se houve mesmo um disparo contra a mansão abandonada.

Em entrevista ao ‘Uol’, o psicanalista Christian Dunker vê sinais de transtornos mentais em ações atribuídas à mulher da casa abandonada.Há indícios de um processo delirante. Isso pode acontecer em vários transtornos mentais”, afirma o profissional.

Durante toda a ação, Luisa Mell transmitia ao vivo através de sua conta do Instagram. Confira alguns trechos:

A mulher da casa abandonada

O jornalista Chico Felitti passou seis meses apurando essa história macabra e revelou tudo o que descobriu no podcast divulgado recentemente, intitulado “A mulher da casa abandonada”.

De acordo com ele, a mulher se refugiou há 24 anos mansão, que é a mesma em que ela cresceu com a família. Entretanto, a casa se degradou com o tempo e está realmente abandonada.

Ela se apresentou aos vizinhos como “Mari” e quase nunca aparece fora da casa. Ela só sai de lá à noite e sempre com aparência maltrapilha. Quando aparece nas janelas, está sempre com o rosto coberto por um tipo de creme branco.

O motivo ninguém sabe ao certo. Algumas pessoas acreditam que seja para não ser reconhecida. Outras acham que Margarida tem algum problema de pele e o creme faz parte do tratamento.

Acontece que, desde que a história se tornou pública, muita gente tem ido até a rua Piauí do bairro Higienópolis e parado em frente à casa, na esperança de ver “a mulher da casa abandonada”, que se tornou uma espécie de lenda urbana da sociedade paulistana. 

Margarida Bonetti diz que é vítima de uma conspiração

No último episódio do podcast ‘A Mulher da casa abandonada’, da ‘Folha de S. Paulo’, Margarida Bonetti falou pela primeira vez sobre o crime que a levou a ser foragida do FBI.

Questionada sobre ter mantido a empregada em condições análogas à escravidão por 20 anos nos EUA, Margarida Bonetti disse que não sabia que a funcionária não recebia salários e se disse vítima de uma grande conspiração.

Em entrevista à Chico Felliti, Margarida se diz uma pessoa que busca “fazer prevalecer o que é bom e o bem, o que é belo, o que é justo e o que é certo”. 

A mulher atribui a culpa do crime ao marido, Renê Bonetti. “O que eles pensaram que, porque eu era casada com o Renê, eu tinha obrigação de saber das coisas que ele fazia, mas eu não sabia, você entendeu? Eu não sabia”, diz.

a mulher da casa abandonada
Fotos: Reprodução/Instagram
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Foragida, mas encontrada: por que o FBI não prende a mulher da casa abandonada?

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