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Márcio Garcia estrela campanha contra o leite de vaca e recebe críticas

Frente das Associações de Bovinos do Brasil (Fabb) criticou a ação lançada pela organização Mercy For Animals

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Márcio Garcia gerou polêmica ao surgir à frente de uma campanha contra o consumo do leite de vaca feita pela organização Mercy For Animals (Misericórdia para os animais, em português).

O vídeo, que tem circulado extensivamente pelas redes sociais, contém diversas críticas à indústria leiteira e pontos para maus-tratos aos animais. “Será que todo este sofrimento vale mesmo a pena por um copo de leite de vaca?”, indaga o ator.

No final da publicação, Márcio Garcia diz que está há 20 anos sem beber leite de vaca e propõe que as pessoas passem tempo sem consumir também.

Depois da exibição do vídeo no qual Márcio Garcia fala sobre a dura realidade nas fazendas de produção de leite, mostrando inclusive sofrimento das vacas, a Frente das Associações de Bovinos do Brasil (Fabb) não gostou da critica à indústria do leite e emitiu uma nota de repúdio à campanha.

Nesta segunda-feira (28), a Fabb fez questão de manifestar seu descontentamento em relação à campanha ativista contra o consumo de leite de vaca.

Márcio Garcia - leite
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em contrapartida, a Fabb, uma entidade que reúne 14 associações dedicadas ao registo de raças bovinas, defende que a campanha “carece de soluções e leva o consumidor a acreditar que a produção de leite é um problema, quando, na verdade, é um componente crucial para a segurança alimentar global”.

“A Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB) repudia veementemente o vídeo do ator Márcio Garcia publicado em redes sociais com informações equivocadas sobre a origem do leite. O material divulgado em larga escala na web falta com a verdade e induz o consumidor a acreditar que o processo de produção leiteira é um problema, quando de fato, se trata de meio importante para a segurança alimentar no mundo“, diz nota completa divulgada por Fabb.

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A Mercy For Animals, organização internacional que se propõe a lutar contra a exploração de animais, tem um histórico de campanhas que confrontam a indústria alimentícia baseada em produtos animais.

O vídeo recente, com a participação de Márcio Garcia, traz a afirmação de que 77% das fazendas de leite dos 100 maiores produtores do Brasil mantêm as vacas confinadas“, segundo dados da Milk Point.

A reação adversária também veio da Associação de Criadores de Girolando: “Chega de fake news. Mais uma vez a pecuária leiteira é vítima de inverdades, desta vez espalhadas pela ONG Mercy for Animals”.

Eles ecoam o sentimento expresso pela Fabb em sua nota de repúdio contra as declarações contidas no material da ONG.

O debate é intenso e coloca em questão a veracidade e o impacto das informações compartilhadas por ambos os lados.

Assista ao vídeo polêmico apresentado por Márcio Garcia:

Leia a nota completa da Fabb:

“A Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB) repudia veementemente o vídeo do ator Márcio Garcia publicado em redes sociais com informações equivocadas sobre a origem do leite. O material disseminado em larga escala na web falta com a verdade e induz o consumidor a acreditar que o processo de produção leiteira é um problema, quando de fato, se trata de importante meio para a segurança alimentar no mundo. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de leite, com mais de 34 bilhões de litros por ano e com produção em 98% dos municípios brasileiros, tendo a predominância de pequenas e médias propriedades, empregando cerca de 4 milhões de pessoas.

O leite e seus derivados são alimentos de origem animal de excelente qualidade nutricional. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), o leite de vaca possui 87% de água e 13% de outros componentes sólidos importantes, como cálcio, potássio, fósforo e vitaminas A e B. O alimento ajuda na formação da massa óssea, crescimento e fortalecimento do sistema imunológico e dos dentes. A produção leiteira no Brasil segue uma série de exigências ligadas à sanidade, segurança alimentar e bem-estar animal, medidas desenhadas para melhorar a qualidade e a competitividade do setor lácteo. Para as indústrias, a preocupação vai desde o bem-estar animal ao padrão de contagem bacteriana, passando pela contagem de células somáticas (células de defesa) e transporte.

O produtor de leite, instituições de pesquisa e empresas sérias entendem que situações de estresse para o animal impactam diretamente no bem-estar e na produtividade. Por essas e outras razões, as práticas de manejo na cadeia produtiva são feitas para garantir qualidade de vida aos bovinos e ainda evitar prejuízos. Reforçamos que a produção de leite é um dos pilares do agronegócio brasileiro e fonte de alimentação de fácil acesso para a população mundial. Materiais como o divulgado não refletem a realidade nas fazendas produtoras de leite no Brasil – principalmente, diante do cenário atual, em que o setor é altamente penalizado com as importações desenfreadas, diminuindo a competitividade e prejudicando a economia nacional. Quem produz leite neste país trabalha com responsabilidade e compromisso.” 

Agora confira a Nota de Repúdio da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB):

 

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