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Policial será investigado por estar fardado ao pedir namorado em casamento

Pedidos de casamento heterossexuais de oficiais com farda não são incomuns na corporação e não se tem notícia de que têm o mesmo tratamento

Foto: reprodução / Youtube

O policial militar Leandro Prior chamou atenção ao pedir em casamento o produtor Elton da Silva Luiz, no último domingo (23), em São Paulo, enquanto trajava o fardamento da corporação. O fato aconteceu no dia da 23ª Parada do Orgulho LGBT em São Paulo, mas não no evento, e rendeu uma investigação da Polícia Militar (PM), que sentiu necessidade de apurar a conduta do soldado.

De acordo com o G1, o policial queria fazer o pedido, com o uniforme da PM, só que durante a Parada LGBT. Contudo, os superiores proibiram o ato, dizendo que o regulamento interno da instituição não prevê o uso do fardamento por agente da instituição de folga em “manifestações”.

Leandro estaria de folga no domingo (23), mas sua escala de trabalho foi alterada. Ele, então, cumpriu expediente na data e decidiu oficializar o noivado com Elton em outro lugar: o Largo Coração de Jesus, na região da Luz, perto de uma base da PM, também na capital paulista.

“Em 188 anos é um momento único, histórico, e espero que abra precedentes para que ninguém mais, dentro ou fora de quartéis, permaneça dentro de armários. Que as pessoas se prevaleçam dessa resignação, dessa representatividade. E se encorajem para não permitir que a opinião do outro suprima sua felicidade”, declarou Leandro em filmagem divulgada no YouTube.

O pedido de casamento era para ser um simples gesto de amor, mas se tornou um problema para o soldado. Por meio de nota, a PM de São Paulo confirmou que vai investigar se Leandro desobedeceu alguma ordem superior ao usar o uniforme durante o pedido de casamento.

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“Todas as circunstâncias relativas às condutas do Soldado PM Leandro Prior, que estava de serviço neste domingo (23) na região conhecida como Cracolândia, serão objeto de análise pelo seu respectivo Comando de Área”, informa nota enviada pela assessoria de imprensa da corporação ao G1.

Outro documento, atribuído à PM, circula na web mostrando que Leandro não poderia usar farda para pedir o namorado em casamento porque estava trabalhando. “Não estaria autorizado em razão do militar estar em serviço”, informa trecho do relatório intitulado “comunicação de fato envolvendo policial militar de serviço”. O documento ainda pede “demais providências” contra Leandro.

Não é incomum pedidos de casamento por policiais militares fardados durante o trabalho ou de folga e não há registros de que esses oficiais teriam sido investigados ou mesmo punidos. O fato é que, neste caso, o casal em questão não é heterossexual.

O vídeo do pedido de casamento de Leandro viralizou nas redes sociais, motivando diversos comentários de apoio ao policial, bem como algumas ameaças. Leandro até registrou uma denúncia de ameaça e homofobia após receber mensagens violentas de um homem, ainda não identificado.

“Vou te caçar e vou te ensinar a virar homem na porrada, seu f* do c*”, escreveu um homem que se identificou como policial militar. “V* f* você não vai desonrar a minha gloriosa PMSP [Polícia Militar de São Paulo]”.

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