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Retinoblastoma: mãe conta experiência do filho que sobreviveu ao câncer

Lucas teve a mesma doença que atinge Lua, filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin

Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal

Um dos assuntos mais comentados dos últimos dias foi o vídeo de Tiago Leifert contando que Lua, a filha dele e da esposa Daiana Garbin, foi diagnosticada com retinoblastoma, um tipo de câncer raro nos olhos.

A filha de Tiago Leifert tem apenas 1 ano e 3 meses e já está sendo submetida ao tratamento necessário.

Após o anúncio, muito se falou sobre o câncer raríssimo que se origina nas células embrionárias da retina – e 95% dos casos são em crianças menores de 5 anos.

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Neste contexto, a publicitária cearense Virna Timbó concedeu uma entrevista ao portal ‘G1’ na qual contou que passou pela mesma situação com o filho. Em 2015, ela descobriu que o filho Lucas, que tinha apenas 3 meses na época, tinha retinoblastoma.

“Recebemos o diagnóstico em Fortaleza. Fomos a uma consulta com um oftalmologista, mesmo ele já tendo feito o exame do olhinho com um mês de vida. Mas eu via no olho dele algo diferente, como se o movimento fosse meio travado. Então a oftalmologista fez o fundo de olho no consultório e já atestou o caso, só pediu a ressonância e ultrassonografia para confirmar”, contou Virna ao ‘G1’.

Segundo a mãe de Lucas, quando o diagnóstico veio ela ficou muito mal e não queria acreditar.

Quando a médica falou, de imediato, eu saí do consultório, porque não acreditei e não queria mais ouvir. Meu marido ficou falando com ela e depois ela me acalmou e me entendeu. Nos primeiros dias a gente tem uma vontade forte de reclusão, porque como mãe eu ficava procurando o que eu podia ter feito pro meu filho ter aquela doença. Mas, ao mesmo tempo, a gente vai se fortalecendo para procurar o tratamento, afirmou Virna durante a entrevista.

Diferente de Lua, o retinoblastoma de Lucas foi descoberto quando ele ainda era muito novo. Os pais precisaram esperar que ele completasse 4 meses para iniciar o tratamento.

A família, então, se mudou para São Paulo para iniciar os procedimentos no Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc).

“Ele começou o tratamento com 4 meses de vida e parou de receber procedimentos quando tinha quase dois anos. Porque, diferente da filha do Tiago, como o Lucas só tinha 4 meses, ele não poderia receber a quimioterapia infra-arterial nessa idade. Então ele começou o tratamento com a quimioterapia sistêmica, contou a mãe de Lucas.

Veja uma foto de Virna com o filho, Lucas, no início do tratamento:

Virna - filho Lucas
Foto: Arquivo Pessoal

Segundo a publicitária expôs na entrevista, mesmo depois do tratamento, o tumor no olho direito voltou e aí ele pôde fazer quimioterapia intra-arterial, que é a que a filha de Tiago Leifert está sendo submetida.

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“Depois daí, ele passou ainda por processos de crioterapia e laser. Hoje ele é acompanhado a cada quatro meses. Porque é uma doença controlada, mas infelizmente não é tratada como curada”, disse a mãe.

Atualmente, a família vive no Canadá, já há dois anos. Lucas está cursando a 1ª série e não enfrenta problemas para estudar ou conviver com as pessoas. Ele está com 7 anos de idade.

“O local atingido pelo tumor fica com pontos cegos de visão. Ele usa óculos, mas esses pontos cegos permanecem. Mas isso é mínimo no dia-a-dia dele, pois eles se adaptam muito bem. Para ele, a convivência com a condição é 100%. Não se sente diferente ou incapaz de fazer nada”, afirma Virna.

A mãe de Lucas aproveitou para mandar um recado a todas as famílias que, assim como a de Tiago Leifert, estão passando por essa doença.

“Queria dizer pra todas as famílias que estão passando por essa experiência de vida que sigam firmes na esperança e na fé. Casais, sejam amparo um para o outro, tem dias que são mais desafiadores para cada um”, disse ela.

“Familiares e amigos, sintam-se instrumentos de luz, coragem, paciência e paz para os pais e crianças que estão numa batalha assim. Vivam cada estágio como momento de transformação e aprendizagem pra toda a vida de vocês!”, afirmou a mãe de Lucas, que ainda declarou que Lua vai vencer o retinoblastoma. “Em breve a Lua será mais uma história de vitória e força para a vida de muita gente“, disse ela.

O caso de Lua, filha de Tiago Leifert

Tiago Leifert e Daiana Garbin descobriram o diagnóstico da filha Lua em outubro de 2021 e o jornalista, então, que já havia pedido demissão da TV Globo por outros motivos, adiantou a saída da emissora. Por esse motivo, ele abandonou a apresentação do ‘The Voice Brasil’ pela metade.

Segundo Leifert, ele foi tomado por uma tristeza e dor terríveis e não tinha condição nenhuma de trabalhar ou fazer qualquer outra coisa. Conheci a escuridão, afirmou.

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Na noite do último domingo (30), o ‘Fantástico’ exibiu uma entrevista exclusiva com Tiago e Daiana Garbin para falar sobre a situação extremamente difícil que eles estão vivendo.

Segundo o casal, eles pensaram se manteriam a informação sobre o câncer da Lua em segredo, mas resolveram falar para alertar outros pais para que prestem atenção nos olhos de seus filhos pequenos e, diante de qualquer anormalidade, procurem um oftalmologista.

Foi o ex-apresentador do ‘BBB’ que percebeu um reflexo esbranquiçado no olho da filha. A esposa achou que não era nada demais.

Contudo, depois Tiago também viu Lua olhando para ele meio de lado. Por fim, o olhinho dela fazia um movimento irregular.

Foi então que eles a levaram a um oftalmologista, depois para um especialista e receberam o diagnóstico do câncer nos dois olhos.

Tiago Leifert ressaltou, durante a entrevista, que a criança não dá sinais e, por isso, é preciso estar atento a tudo. Como em todos os tipos de câncer, o diagnóstico precoce é primordial para a cura.

Veja uma foto da esposa de Tiago Leifert, Daiana Garbin, com a filha do casal:

Daiana Garbin e Lua
Foto: Reprodução/Instagram

O que é o retinoblastoma?

Por causa da revelação do diagnóstico de Lua, o retinoblastoma registrou recordes de pesquisas na internet e isso é muito bom. Por outro lado, o excesso de informações errôneas que pode ser encontrado na web leva à desinformação e coloca a saúde das pessoas em risco.

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Pensando nisso, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) publicaram uma nota oficial sobre a doença.

A nota ressalta que o retinoblastoma “é um tipo raro de tumor intraocular maligno que, nesta modalidade, é o mais comum entre as crianças” e a realização do Teste do Olhinho é o primeiro exame da vida do bebê que pode ajudar na detecção precoce de doenças.

O teste deve ser feito ainda na maternidade, até 72 horas de vida. Depois, deve ser repetido pelo pediatra ao menos três vezes ao ano nos três primeiros anos de vida da criança.

As taxas de cura apresentam índice superior a 95%, com adoção do tratamento adequado, afirma Luísa Hopker, presidente da SBPO.

“Lamentamos o ocorrido e nos colocamos de forma solidária ao lado desta família para ajudar no que for preciso. No entanto, nossas entidades entendem que a discussão sobre o assunto, que cresceu nas últimas horas, deve ser pautada por conhecimento fidedigno, com validade científica e relevante. Em momentos assim, lacunas de informação podem abrir espaço para distorções que impedem acesso à compreensão sobre como o retinoblastoma se manifesta, pode ser diagnosticado e deve ser tratado”, ressaltou o presidente do CBO, Cristiano Caixeta Umbelino.

“Supostos tratamentos, como ‘self-healing’ ou prática de exercícios oculares não têm comprovação científica. Portanto, eles não servem para curar o retinoblastoma ou qualquer outra doença que afeta o aparelho da visão (glaucoma, catarata, doenças retinianas etc.). Ao invés de conduzir à cura ou à melhora dos quadros clínicos, como sempre prometem, essas abordagens podem retardar o início de tratamentos corretos, aumentando as chances de comprometimento parcial ou total da visão e, em casos de tumores, até mesmo da vida do paciente”, afirmou o presidente do CBO.

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