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Escândalo da Shein: loja é denunciada por trabalho análogo à escravidão

Loja chinesa que caiu no gosto dos brasileiros oferece condições desumanas de trabalho aos funcionários

Fotos: Reprodução

A Shein é um fenômeno no mundo da moda na atualidade. A plataforma de e-commerce chinesa conquistou um sucesso avassalador vendendo roupas, calçados e acessórios de boa qualidade a preços incrivelmente baixos para o mundo todo.

Entretanto, como isso é possível? Às custas de condições abusivas de trabalho!

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Um documentário produzido pela emissora britânica ‘Canal 4’ mostrou um pouco de como as peças da Shein são produzidas na China.

O filme fez sérias denúncias à marca, que incluem: trabalho análogo à escravidão, altos níveis de produtos químicos tóxicos nas peças, cópia de modelos de designers e uso incorreto de dados dos clientes.

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Já dizia o ditado: “quando a esmola é demais o santo desconfia”. A Shein possui confecção própria e as condições em que costureiras e costureiros chineses trabalham diariamente são desumanas.

Alguns trabalhadores chegam a receber aproximadamente 4 centavos de dólar por peça – o que equivale a cerca de R$ 0,21 por peça fabricada.

Em outra fábrica, o salário-base dos trabalhadores é de 4 mil yuans por mês, aproximadamente R$ 2.946,557. Isso apenas se eles baterem a meta e produzirem 500 peças de roupa por dia.

Como se não bastasse, o pagamento do primeiro mês de trabalho é retido pela empresa, segundo o site ‘The Cut’.

Desmascarando a Shein

Como tudo isso foi descoberto? Uma repórter da emissora britânica se disfarçou de candidata a uma vaga e filmou duas fábricas que fornecem roupas para a Shein na cidade de Guangzhou, na China.

Em conversa com gerentes da marca, a repórter infiltrada foi informada que os funcionários das duas unidades trabalhavam até 18 horas por dia, sem horário de turno definido e tinham direito a somente um dia de folga por mês.

Alguns trabalhadores chegam a trabalhar 120 horas por semana. Aqui não há domingos, reclama um deles no documentário.

Outra fato bizarro é que eles também eram penalizados em dois terços do salário diário caso errassem na produção das peças de roupa da Shein. Tais condições de trabalho violam as leis trabalhistas chinesas.

Além de tudo isso, segundo o documentário, a Shein pratica uma espécie de cultura de roubo de design ao “rastrear as mídias sociais em busca de tendências emergentes, transformando-as em designs que eles encomendam em pequenos lotes de uma rede de milhares de fábricas em Guangzhou”. 

A Shein hoje vale mais do que a Zara (curiosamente, outra marca conhecida por trabalho escravo) e H&M juntas, dizem especialistas.

Todo esse sucesso parece ter sido conquistado às custas de milhares de trabalhadores que não recebem nem o mínimo humanamente aceitável e justo pelo trabalho duro dedicado à marca.

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Confira uma imagem de uma das confecções da Shein na China:

Fábrica Shein
Foto: Reprodução/Canal 4

A Shein existe desde 2008, mas se tornou gigante no mundo há pouco tempo. No início, a loja vendia apenas vestidos de casamento.

O nome Shein só foi adotado em 2015, mas a explosão de sucesso internacional da marca veio um ano depois, quando passou a apostar em confecção própria.

Em 2020, a Shein ganhou força através dos vídeos de criadores de conteúdo no Instagram e no TikTok.

“Hoje, vende em mais de 150 países e é uma empresa avaliada em 30 bilhões de dólares. Há dois anos, tornou-se o maior empreendimento de moda exclusivamente on-line do mundo”, destacou o especialista no setor têxtil Jesué Tomé ao ‘Diário de Goiás’.

Diante da repercussão negativa que o documentário causou, a Shein se pronunciou e disse estar preocupada com as denúncias.

Estamos extremamente preocupados com as reclamações apresentadas pelo ‘Canal 4’, que violariam o Código de Conduta acordado por todos os fornecedores da Shein. Qualquer não-conformidade com este código é tratada rapidamente e encerraremos parcerias que não atendam aos nossos padrões. Solicitamos informações específicas do ‘Canal 4’ para que possamos investigar”. 

A Shein disse ainda que costuma impor aos fornecedores um código de conduta baseado em convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e leis e regulamentos locais, incluindo práticas trabalhistas e condições de trabalho.

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