Igor Miranda
Um vídeo divulgado no Snapchat de um estudante da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, está causando polêmica e revolta no país. Nele, Ronald Coyne, aluno da instituição, é visto queimando uma nota de 20 libras na frente de um morador de rua, visivelmente bêbado.
O vídeo foi gravado no dia 2 de fevereiro, e acredita-se que o ato foi uma espécie de iniciação de Coyne na Cambridge University Conservative Association (CUCA), um tipo de sociedade política liderada por alunos da universidade. Ele foi visto usando uma gravata borboleta branca, que é uma das características dos membros do grupo.
Se não já não bastasse a repulsa do ato, Coyne ainda é visto provocando o morador de rua no vídeo. Após a divulgação do mesmo, o estudante foi expulso do grupo.
Segundo o morador de rua, ele classificou o incidente como “absolutamente nojento”, e afirmou que, em um primeiro momento, Coyne aparentou lhe oferecer a nota de 20 libras. Mas assim que a pegou, já tentou colocar fogo nela, enquanto o provocava. “Foi algo horrível. Muito desagradável”, concluiu.
Um estudante da universidade que testemunhou o ato também se mostrou revoltado com as ações do estudante: “eu vi os vídeos do que ele fez na manhã seguinte, e estou chocado e assustado que alguém pode fazer algo assim. Tenho certeza que estou do lado do corpo estudantil quando digo que nós condenamos esse tipo de ação”, disse.
Veja o vídeo:
Mãe lamenta os atos do filho
Se há alguém que não ficaria bastante decepcionada com o comportamento de Coyne é justamente sua mãe, Sandra McLaughlin. Ela classificou as ações de seu filho como “imprudentes e cruéis.”
“Eu não reconheço esse comportamento do meu filho. Não sei por que ele fez algo tão imprudente e cruel. Ele não estava sendo ele mesmo. Ele trabalhou dois anos como voluntário em um abrigo para moradores de rua em Edimburgo, quando ainda estava na escola”, disse McLaughlin.
Ao menos, o estudante parece estar ciente do que fez. Ainda segundo sua mãe, ele teria confessado para a família que fez “algo muito estúpido” e que se sentiu “muito mal com que fez.”
Texto por Augusto Ikeda
Edição por Igor Miranda
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