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Shinzo Abe: em atentado raro, ex-premier é morto a tiros no Japão

Atirador, que serviu nas forças armadas japonesas, usou arma caseira e foi preso no local do crime

O ex-premier Shinzo Abe foi baleado durante um comício na cidade de Nara, no Oeste do Japão, nesta quinta-feira (7). O político foi levado ao hospital, onde recebeu atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesta sexta-feira (8), aos 67 anos.

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Shinzo Abe foi baleado no pescoço e na clavícula esquerda por volta das 11h30 locais (23h30, horário de Brasília).

Ele estava fazendo um discurso de campanha para a eleição de um candidato do governista Partido Liberal Democrático (PLD), dois dias antes das eleições para a Câmara Alta do Japão.

Veja também:
Vídeo flagra momento do atentado a tiros que matou um casal e duas crianças

O atirador – Tetsuya Yamagami, de 41 anos – não fugiu e foi detido por seguranças após disparar duas vezes contra Shinzo Abe.

Veja vídeos do ataque:

Tetsuya Yamagami é ex-integrante Forças de Autodefesa do Japão (que é como se fosse a Marinha Japonesa), onde serviu no ramo naval por três anos, até 2005. Ele está preso.

A emissora pública NHK informou que o suspeito disse à polícia que estava insatisfeito com o ex-primeiro-ministro e pretendia matá-lo.

“É um ato desprezível e totalmente inaceitável, que ocorreu durante um período eleitoral, que é a base da democracia. Condeno o ato nos termos mais fortes possíveis”, declarou o atual primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, do PLD.

Shinzo Abe foi primeiro-ministro de 2006 a 2007, e depois entre os anos de 2012 e 2020. Durante sua atuação, ele apoiou uma estratégia de crescimento econômico considerada agressiva, com o intuito de recuperar a economia japonesa, a chamada Abenomics.

A ação era firmada em três pilares: estímulo fiscal, flexibilização monetária e reformas estruturais. Abe é conhecido por adotar uma política externa linha-dura e apostar na militarização do Japão.

“Estou muito chocada”, disse Yuriko Koike, governadora de Tóquio, em uma coletiva de imprensa antes do anúncio da morte de Abe. “Não importa o motivo, um ato tão hediondo é absolutamente imperdoável. É uma afronta à democracia”, lamentou ela.

O atentado é considerado raro no Japão, país onde existe as leis de armas mais rígidas entre as maiores economias do mundo. É extremamente difícil adquirir armas de fogo no Japão, e a violência política é extremamente rara.

Inclusive, poucos episódios de violência política foram registrados nos últimos 50 anos no país. O último aconteceu em 2007, quando o prefeito de Nagasaki foi baleado e morto por um criminoso. Este fato colaborou para endurecer ainda mais as políticas anti-armas por lá.

Em 2018 aconteceram apenas nove incidentes de mortes por armas de fogo no Japão, segundo dados da GunPolicy, órgão de pesquisas apoiado pela Universidade de Sidney e pela UNSCAR, secretaria da ONU para regulamentação de armas.

De acordo com informações do ‘G1’, no mesmo ano, os EUA tiveram 39,740 mortos por armas de fogo, enquanto o Brasil registrou, um ano antes, 49.611 óbitos.

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Perita criminal confessa que planejou e encomendou atentado contra si mesma

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