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Adolescente envia foto de fuzil em grupo da escola e ameaça massacre

A jovem de 17 anos alegou que foi apenas uma brincadeira, mas corre risco de responder criminalmente

Fotos: Reprodução/PCGO

Uma adolescente de 17 anos, estudante do 2º ano do Ensino Médio, ameaçou cometer um massacre “pra todo mundo morrer” no Colégio Estadual Dom Pedro I em Aparecida de Goiânia (GO) na última quinta-feira (17).

Foi durante uma conversa em um grupo da sala do WhatsApp que a aluna, que teve a identidade resguardada, enviou uma foto da mochila com um fuzil dentro com a seguinte mensagem: Tudo pronto pra amanhã“.

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Mais fácil fazer um massacre nessa merda de escola pra todo mundo morrer, escreveu, ainda, a adolescente, que foi desacreditada por alguns colegas – mas muito levada a sério pela direção do colégio, que chamou a polícia para investigar.

As ameaças foram enviadas no grupo na noite de quarta-feira (16) e as mensagens realmente assustaram alunos e funcionários da escola. O caso foi registrado na Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai).

O delegado Rodrigo do Carmo Godinho enviou uma equipe de policiais à casa da adolescente, mas ela não estava no local e não atendia o celular.

O namorado da aluna, que tem 27 anos, autorizou a equipe de polícia a realizar buscas na casa dele. Lá, o fuzil também não foi encontrado.

Ameaça de massacre era “uma brincadeira”

Quando a adolescente foi encontrada, ela foi levada à delegacia para prestar depoimento e admitiu que enviou as mensagens em tom ameaçador.

Entretanto, ela disse que encontrou a imagem do fuzil dentro da mochila na internet e que só teve a intenção de fazer uma brincadeira com os colegas.

Depois do depoimento, a jovem foi advertida por suas atitudes e entregue à responsável legal. A polícia ainda vai apurar os atos infracionais que serão enviados ao Poder Judiciário para impor medida protetiva ou socioeducativa à adolescente.

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Veja uma captura de tela de uma das mensagens da adolescente, em tom de ameaça:

Mensagem aluna - WhatsApp
Foto: Reprodução/PCGO

“Conversamos com familiares e descobrimos que ela estava na casa de um namorado. Ao chegar lá, ela já estava vestida para ir para a aula, mas não encontramos nenhum vestígio de arma de fogo (na mochila)”, disse o delegado.

“Conversando com a adolescente, ela disse que era até coisa comum que acontecia, o que não procede. Depois, ela disse que fez aquilo por brincadeira, e perguntamos se tem rival na escola, mas ela garantiu que não. Foi uma maneira de ela provocar alvoroço, explicou a jovem.

Apesar do que já foi dito, a polícia vai continuar as investigações para garantir que não há arma e a possibilidade do massacre.

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“A gente vai verificar se a arma não existe mesmo. Ela disse que pegou encarte na internet, mas não teve provocação por parte de outras pessoas. Mesmo assim, ela colocou a imagem da foto com fuzil e disse que iria provocar o massacre“, afirmou ele.

“A investigação busca entender o motivo. A aluna entendeu a gravidade do que ela fez, se desculpou, ficou envergonhada e chegou, em alguns momentos, a até chorar”, disse o delegado.

Segundo a polícia, ela vive uma relação conflituosa em casa e tem histórico de brigas na escola.

“No caso dela, os pais trabalham, são pessoas simples e já até chamaram o conselho tutelar para acompanhá-la”, explicou o investigador.

“Ela é acompanhada pelo Conselho Tutelar, já esteve com psicólogos, mas, pelo que percebi, houve certo cansaço dos pais. Ela fica muito tempo ausente de casa, dorme na casa de amigos, sempre informando à mãe, mas os pais permitem que durma fora de casa”, completou ele.

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O delegado afirmou, em entrevista ao jornal ‘Metrópoles’, que é extremamente importante e necessário que os pais fiquem mais atentos aos comportamentos dos filhos em casa.

“A gente não poderia pegar um caso desse e entender que não tem problema porque é apenas uma adolescente. Ela poderia só ir para escola e ser agredida, causar tumulto ou ter arma de fogo mesmo e provocar um mal maior“, alertou o delegado do caso.

Após ser ouvida, a adolescente foi liberada para voltar para casa dos pais e deve responder por ato infracional de apologia ao crime.

“A partir do momento que fez isso, provocou tumulto na escola de grandes dimensões e incitou a prática de crimes“.

Leia a nota da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), na íntegra:

“Para além de aguardar que as circunstâncias sejam resolvidas da melhor forma possível pelas autoridades civis e militares, a Secretaria Estadual de Educação informa que o colégio está sendo orientado a executar o Protocolo de Segurança Escolar, documento que norteia as escolas nas questões envolvendo a segurança no ambiente escolar”.

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Colégio Estadual Dom Pedro I
Foto: Reprodução

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