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Após Manaus, estudante de 13 anos também fere 3 colegas em colégio de Goiás

Trata-se do segundo ataque nos mesmos moldes em 2 dias; “onda” de atentados se iniciou na semana passada

Um estudante de 12 anos planejou e executou um ataque a uma escola da cidade de Manaus (AM) nesta segunda-feira (10), resultando em três feridos: dois colegas e uma professora.

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O ataque ocorreu no Instituto Adventista de Manaus, uma instituição da rede privada. O agressor, um adolescente que não teve a identidade divulgada seguindo as novas normas de cobertura de casos como esse, admitiu que “planejava matar 5 e ferir 7 estudantes na escola”.

Ele – que sofria bullying de acordo com testemunhas – foi apreendido pela polícia com armas brancas e um coquetel molotov.

“Na turma em que houve a agressão, havia ‘muito bullying‘, inclusive por meio de aplicativos de mensagens”, disse Beatriz Souza, mãe de um aluno, em entrevista ao portal ‘Uol’.

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Apesar dos ferimentos superficiais, as vítimas (que também não tiveram as identidades reveladas) já receberam atendimento médico e passam bem.

Os dois alunos, um menino e uma menina, e uma professora sofreram lesões superficiais no ombro, nas mãos e na barriga. Eles foram atendidos por profissionais do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e liberados para casa.

O adolescente que realizou o ataque tinha apenas 12 anos, se entregou e foi apreendido por volta das 12h30 desta segunda-feira (10). Ele e os familiares estão sendo ouvidos pela polícia.

“Tanto o infrator, quanto vítimas, testemunhas e pais já foram conduzidos para a delegacia, onde estão sendo ouvidos. Pode ter certeza que esse infrator terá a responsabilização na medida da punibilidade”, disse Guilherme Torres, delegado-geral adjunto da Polícia Civil, à imprensa.

A conselheira tutelar Kiky Anjos foi uma das primeiras a chegar ao local por também ser mãe de uma das alunas da escola. Em seguida, ela realizou seu trabalho e conversou com o agressor – resultando em um depoimento confessional macabro e apavorante.

Assista:

O Instituto Adventista de Manaus, escola privada onde o ataque aconteceu, lamentou o ocorrido e informou que está colaborando com as autoridades para investigar o caso. As medidas administrativas necessárias em relação ao agressor também estão sendo tomadas.

As aulas no Instituto Adventista de Manaus foram canceladas nesta terça-feira (11) após o ataque e os alunos devem retornar à escola na quarta (12).

Diante desse cenário de violência nas escolas, a secretária de Educação do Amazonas, Kuka Chaves, fez um apelo para que as famílias se engajem na prevenção de ocorrências desse tipo, monitorando a movimentação dos filhos nas redes sociais e observando mudanças de comportamento em casa.

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Somente juntos podemos avançar nessa problemática que tem atingido não apenas o nosso Estado, ou o País, mas se transformou em uma questão de atenção mundial”, afirmou Kuka Chaves em comunicado.

Veja o comunicado da escola nas redes sociais:

Goiás: outra escola atacada

Já na manhã desta terça-feira (11), por volta das 8h, um adolescente de 13 anos entrou armado com uma faca no Colégio Estadual Dr. Marco Auréli, em Santa Tereza de Goiás, e feriu três alunas. Ele ainda tentou machucar uma professora, que conseguiu fugir e se esconder.

“Foi um momento de muito desespero e medo”, relatou uma das estudantes que presenciou o ataque.

A equipe do colégio agiu rapidamente e conseguiu conter o agressor, que é estudante do colégio e foi apreendido pela Polícia Militar de Goiás. As três alunas feridas foram levadas para o Hospital Municipal Tarciso Liberte e estão fora de perigo.

O pai de uma delas disse que a filha teve ferimentos nas costas, rosto e mão.

A Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO) informou que os professores seguiram um protocolo para atos de violência em escolas, criado em 2019. O autor foi contido por um auxiliar de serviços gerais.

“Esse protocolo foi fundamental para que a situação não se agravasse ainda mais”, afirmou o secretário da pasta.

Em nota, o Governo de Goiás afirmou que “o aluno que promoveu o ataque não tem histórico de violência junto à comunidade escolar”.

A Secretaria Municipal de Saúde de Santa Tereza decidiu suspender as aulas de todas as escolas da cidade até sexta-feira (14).

“A suspensão das aulas é uma medida preventiva para garantir a segurança de todos os estudantes e funcionários das escolas”, explicou o secretário de saúde.

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Infelizmente, os ataques são apenas mais dois episódios de violência nas escolas brasileiras.

Em resposta a esses acontecimentos, o governo do Amazonas anunciou a criação de um Comitê Interministerial de Segurança para monitorar as Escolas Estaduais e compartilhar informações com as redes Municipal e Privada.

Além de monitorar a segurança das escolas, o governo também pretende oferecer apoio psicológico e psiquiátrico aos estudantes e funcionários e promover atividades educacionais e pedagógicas para inibir comportamentos transgressores dentro das escolas, como bullying, ciberbullying, racismo e uso e tráfico de drogas.

“Avançaremos em políticas voltadas para combater a violência nas escolas, a fim de que atos como este não voltem mais a acontecer, nem a fazer mais vítimas nas unidades de ensino no nosso país”, afirmou Kuka Chaves.

A violência nas escolas é um problema que afeta não apenas o Brasil, mas o mundo todo. É importante que a sociedade se mobilize para prevenir e combater esse tipo de violência, e que as autoridades trabalhem para garantir a segurança e o bem-estar dos estudantes e professores.

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