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Amigas da igreja se apaixonaram e se tornam um casal: ‘casei com homem chorando’

O caminho do amor entre Bruna e Flávia desafia convenções e celebra a diversidade

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em um cenário pouco provável, duas amigas – a advogada Bruna, 37 anos, e a administradora Flávia, 46 anos, – viram uma amizade florescer em romance dentro dos muros de uma Igreja Presbiteriana em Belo Horizonte (MG).

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A narrativa de como se apaixonaram, enfrentaram obstáculos e, por fim, consolidaram um relacionamento de mais de oito anos, é um testemunho de amor, coragem e transformação.

O encontro inicial entre as duas, em 2009, foi marcado por uma atração imediata, mas também pelo conflito interno gerado pelos ensinamentos da igreja.

Flávia relembra o momento com intensidade: “Ela mexeu muito comigo pela beleza dela e o jeito de se expressar. Foi um momento muito mágico, mas eu logo falei para mim mesma que estava errado e que era pecado“, disse ela em entrevista à ‘Universa’, do portal ‘Uol’.

Bruna, por outro lado, demorou a perceber Flávia, mas, quando o fez, foi cativada por sua beleza e personalidade forte.

“Lembro que não gostei muito do jeitão dela, meio autoritário, meio sem papas na língua. Mas também lembro de olhar para ela e pensar: ‘que menina linda!'”

A amizade entre elas cresceu ao longo dos anos, durante os quais ambas buscaram em outros relacionamentos o amor que, no fundo, já começava a brotar entre si.

Foi a distância que colocou à prova seus verdadeiros sentimentos. Em 2014, com Flávia em Moçambique por motivos de trabalho, Bruna confrontou-se com a falta que a amiga lhe fazia, um sentimento que revelou ser mais profundo do que a amizade.

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A revelação desses sentimentos e o subsequente casamento de Flávia com outro homem não foram suficientes para deter o curso verdadeiro desse amor.

Veja uma foto de Flávia e Bruna, amigas que se apaixonaram:

Bruna e Flávia - casal
Foto: Reprodução/Redes Sociais

De amigas a um grande amor

“Fiquei incomodada e me perguntando por que ela estava fazendo tanta falta. Foi quando entendi que, na verdade, o sentimento não era só de amizade, mas também de amor“, confessa Bruna.

“Nesse momento, começamos a conversar sobre relacionamento homoafetivo, sobre os sentimentos dela por mim. Mas toda hora que a Bruna tentava falar alguma coisa sobre o que estava sentindo, eu falava que era curiosidade e que iria acabar a amizade. Ela tentou várias vezes falar comigo, mas nunca permiti que ela concluísse a fala, até que marquei meu casamento com o rapaz”.

A decisão de Flávia de se casar, apesar de seus sentimentos por Bruna, foi marcada por dúvidas e lágrimas, mas foi a certeza do amor que sentiam uma pela outra que, por fim, as uniu.

“Foi quando ficamos pela primeira vez [na despedida de solteira], uma semana antes do meu casamento. Conversamos muito, mas não tive coragem de não me casar, por fatores religiosos e familiares. Chorei muito, porque queria viver aquele relacionamento com ela, mas não tinha coragem”.

“Minha maquiagem teve de ser feita duas vezes, porque eu chorei, chorei, chorei… e borrou tudo”, lembra Flávia.

“E, no momento em que estava entrando na igreja para me casar, sabia que a Bruna estava me olhando porque procurei o olhar dela e encontrei. Então, pensei: até quando serei infeliz?”.

Depois de casar, Flávia rapidamente percebeu que não poderia viver sem Bruna. A decisão de terminar seu casamento e voltar para o Brasil para estar com Bruna foi impulsionada pelo forte amor que sentia.

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Voltei ao Brasil 40 dias depois. Liguei para a Bruna e falei para ela pegar um avião para São Paulo, para resolvermos nossa vida. Falei que iria me separar e que também não voltaria mais para Moçambique, que queria viver esse relacionamento com ela no Brasil“, relata Flávia com determinação.

Bruna falou, durante a entrevista, sobre como foi se relacionar com mulher pela primeira vez.

A Flávia é meu primeiro e único relacionamento com mulher e, na época, eu não entendia bem o que isso significava. Depois que a gente se entende como mulher lésbica, começa a olhar para trás e ver que talvez gostasse daquela amiga, mas era algo tão inimaginável que entendíamos como amizade”. 

Hoje, Bruna e Flávia não apenas comemoram seu amor, mas também canalizam suas experiências e lutas em iniciativas que apoiam a comunidade LGBTQIAP+.

Em 2018, fundaram a ‘Bicha da Justiça’, uma empresa que oferece suporte e informação para pessoas LGBTQIAP+, promovendo a educação e a conscientização sobre direitos e questões jurídicas.

A história das amigas Bruna e Flávia se tornou uma fonte de inspiração para muitos. Mesmo diante de convenções sociais e crenças limitantes, o amor delas encontrou um caminho.

Bruna e FláviaFoto: Reprodução/Redes Sociais

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