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Gêmeas siamesas brasileiras são separadas em cirurgia de 16 horas de duração

Valentina e Heloá Prado, de 3 anos, estavam unidas por vários órgãos desde que nasceram

Fotos: Divulgação/Zacharias Calil

Nesta quarta-feira (11), uma equipe de 50 profissionais realizou uma cirurgia de alta complexidade para separação das gêmeas siamesas Valentina e Heloá Prado, de 3 anos.

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O procedimento cirúrgico de separação durou mais de 10 horas e aconteceu no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia (GO).

Segundo o Dr. Zacharias Calil, médico responsável pela cirurgia, as gêmeas siamesas estavam unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, genitálias, intestinos delgado e grosso: “a separação foi um caso complexo, mas que ele está com o sentimento de ‘missão cumprida'”. 

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A cirurgia de separação de Valentina e Heloá teve início às 8h da manhã de quarta-feira (12) e foi concluída às 19h38, com as gêmeas completamente separadas. Depois disso, foi a hora dos profissionais fecharem a abertura do abdômen.

Nesse momento, segundo o médico, foi complicado pois não havia pele suficiente para o fechamento. Foi necessário, então, a utilização de telas. Valentina saiu do centro cirúrgico às 23h e Heloá foi liberada por volta de meia noite.

Logo, considerando a separação e o fechamento da abertura, o procedimento durou ao todo 16 horas“É uma cirurgia muito complexa, com longo tempo de anestesia e cirurgia“, disse Zacharias Calil.

O médico responsável pelo procedimento contou que a parte do sistema urinário demorou mais.

“Os uréteres, canais que ligam o rim na bexiga, eram cruzados. Os canais de uma, estavam conectados na outra. E como ele é muito fino e mal formado, exigiu um tempo maior“, disse o Dr. Zacharias Calil em entrevista ao ‘Correio Braziliense’.

As gêmeas agora estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e respirando por aparelhos após passarem pela cirurgia de separação de corpos. O médico explicou que Valentina e Heloá devem voltar para fazer uma nova cirurgia em três semanas.

“Tivemos que dividir o fígado, o intestino delgado e o intestino grosso. Tivemos que modificar o sistema urinário delas porque elas apresentavam alterações que não tinham sido diagnosticadas. No mais, separamos o osso, a bacia“, explicou Zacharias Calil.

As gêmeas Valentina e Heloá são de Guararema, cidade de pouco mais de 30 mil habitantes localizada na região metropolitana de São Paulo. Elas estavam em Goiás há dois anos para o tratamento.

Desde que iniciaram as consultas, a família resolveu se mudar para Morrinhos, no interior do estado de Goiás, para facilitar o acesso ao médico, realização de exames necessários etc.

Estado de saúde das gêmeas siamesas

Nesta quinta-feira (12), o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) informou em nota à imprensa que as irmãs estão usando medicamentos para o controle da pressão arterial e antibiótico. Além disso, permanecem em dieta zero e com boa diurese.

Estamos confiantes que já deu tudo certo“, disse o pai, Fernando de Oliveira dos Santos ao ‘Correio Braziliense’.

Elas são guerreiras. Mal vejo a hora de estar ao ladinho das minhas princesas”, comentou a mãe das gêmeas.

André Resende, diretor técnico do hospital, disse em entrevista que espera que esta seja a primeira de muitas outras cirurgias de separação na unidade, que foi inaugurada em janeiro de 2022.

Gêmeas siamesas - Valentina E Heloá - cirurgia
Fotos: Divulgação/Zacharias Calil
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Siamesas unidas pelo crânio são separadas em cirurgia de 20h em Brasília

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