Laura Máximo
Encontrada morta por sua mãe, a jovem Karina Saifer Oliveira, de 15 anos, já apresentava sinais de profundo sofrimento emocional há mais de um ano. Moradora de Nova Andradina, Mato Grosso do Sul, era vítima de bullying e de investidas racistas feitas por colegas de classe. Após sua morte, o desrespeito continuou: imagens da triste cena de seu enforcamento foram divulgadas por Whatsapp.
Medo do vazamento de fotos íntimas
Investigações posteriores à morte de Karina revelaram que a menina tinha medo do vazamento de supostas fotos íntimas feitas de seu corpo por um rapaz de 17 anos com quem havia se relacionado no ano anterior. Não foi confirmada a veracidade da existência dessas imagens.
Racismo
Fruto de um relacionamento interracial, Karina enfrentava comentários negativos em relação à textura de seu cabelo: naturalmente crespo e alisado pela jovem.
Segundo pais e educadores, a questão pesava emocionalmente para a adolescente. Aparecido, pai de Karina e funcionário da escola onde a menina estudava, revela que sua relação com o cabelo era de sofrimento motivado pelas críticas dos colegas e classifica os atos como racismo. “O bullying é uma coisa transitória. Racismo é quando você mexe com uma coisa que você não pode mudar, como o cabelo, a cor da pele”, declarou.
Imagens da cena de morte
Após a morte da menina, outra controvérsia: fotos da cena de suicídio foram divulgadas pelo aplicativo Whatsapp chegando até o aparelho de membros de sua família. Sobre o caso, familiares afirmam surpresa e acusam peritos e policiais pelo vazamento das imagens.
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