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A história da manicure que foi acusada injustamente de sequestrar de Silvio Santos

Josiene explicou porque sua arma foi usada para fazer o dono do Baú de refém em 2001 – mesmo ela não sendo culpada

Fotos: Arquivo Pessoal/Reprodução

A manicure Josiene Santos Batista, que ficou conhecida após figurar entre os suspeitos de sequestrarem Patrícia Abravanel e fazerem Silvio Santos de refém, vai escrever um livro sobre a história que, para ela, foi obra do destino.

Silvio Santos na mira do meu 38‘ será o título da publicação. O nome e a imagem de Josiene foram divulgados na imprensa, pois o revólver 38 Taurus usado pelo criminoso Fernando Dutra Pinto na ação estava registrado no nome dela.

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Contudo, a manicure não teve nada a ver com o sequestro que parou o Brasil em 2001. São esses e outros mistérios que ela pretende contar no livro.

Motivada por um sobrinho jornalista e escritor, Josiene decidiu contar como tudo aconteceu e explicar porque sua arma foi usada pelo sequestrador de Silvio Santos.

Josiene teve passado de crime e porte de arma

A história começa há quase 30 anos atrás. Na década de 1990, Josiene morava no Capão Redondo, na periferia de São Paulo.

Ela trabalhava na lanchonete de um colégio, enquanto o marido, Gilvan Santa Rita, era carteiro. Devido à violência extrema na região, Gilvan decidiu presentear a amada com um revólver, para que ela tivesse como se proteger caso algo ruim acontecesse.

Naquela época não existiam restrições com relação ao porte de armas e Josiene ganhou, então, um revólver 38. 

Tempos depois, ela acabou fazendo escolhas erradas ao participar de um assalto – e acabou presa. “Em 1995, eu fui presa após um assalto. E minha arma foi apreendida pela polícia e ficou na 25ª DP” , contou ela, que conseguiu fugir da cadeia.

“Depois, fui para o presídio e consegui fugir ao serrar uma grade. Sumi, né? Estava foragida, fui morar em outro bairro onde ninguém me conhecia e refiz a vida, ainda que meio escondida”, contou Josiene.

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Ela não foi encontrada pela polícia e seguiu em liberdade. A arma, entretanto, ficou na delegacia de polícia.

Anos depois: a arma reaparece em circunstância inusitada

Eis que três policiais descobriram que o criminoso, Fernando Dutra Pinto, estava escondido em um flat em Alphaville. Foram até lá e após confronto, dois policiais morreram e o terceiro ficou ferido.

Fernando, então, pegou a arma que estava com um desses policiais, que coincidentemente, era a arma de Josiene Santos Batista. Resultado? Ele usou o revólver 38 posteriormente no sequestro de Patrícia Abravanel e para fazer Silvio Santos de refém por mais de 7 horas. 

“O revólver estava com um dos policiais que trabalhou na 25ª na época que me pegaram e quando ele foi baleado o Fernando pegou o revólver e levou com ele. Eu achava que uma arma ou era destruída ou sei lá, ia para alguém, tirava do nome da pessoa. Mas estava com esse policial aí”, contou a manicure.

“Quando vi minha arma e minha cara na televisão sendo procurada, senti um negócio nas pernas, meu sangue desceu. Pensei: ‘estou ferrada’, disse Josiene.

Sobre a possibilidade de a arma registrada no nome dela estar em posse de outro criminoso, ela disse: “Nossa, agora fiquei bolada. Vai que alguém está com ele, comete um crime e serei acusada de novo…“, imaginou ela.

Na época em que o sequestro de Silvio Santos aconteceu, Josiene teve sorte de sua mãe trabalhar na casa de um jornalista. Ele investigou o caso e conseguiu inocentá-la perante a Justiça.

“Ninguém me procurou. Mas a minha vida virou um inferno desde o dia que botaram minha cara na televisão. Passei quase 20 anos escondida, com medo de me matarem, sei lá. Meus vizinhos, que nem me conheciam, davam entrevista dizendo que eu era uma bandida”.

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Josiene era “louca por Silvio Santos”

Eu errei lá atrás, eu sei. Coisa de jovem que segue o caminho errado. Mas nunca fiz mal a ninguém. Hoje me redimi, faço meu trabalho de doméstica e manicure e já tenho um RG depois de 26 anos”, afirmou ela, que revela que a grande questão dessa história toda é que ela é uma antiga fã de Silvio Santos e já até participou da gravação de um programa apresentado por ele.

Anos depois, após muitos acontecimentos, viu seu nome suspeito de fazer mal ao dono do Baú e sua família.

“Sabia que eu quando era criança era louca pelo Silvio? Eu ia nas excursões da escola a todos os ‘Domingo no Parque’ que ele apresentava. Eu devia ter uns 11 anos, e fiquei bem pertinho do Silvio. Aí, tantos anos depois acontece isso. Só pode ser o destino”, disse Josiene em entrevista ao jornal ‘Extra’.

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