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Extremistas presos propunham medida bizarra para conter o coronavírus

Presos por ameaças de morte a políticos, homens defendiam que o vírus também se transmite pelas flatulências

Foto: Reprodução/YouTube

Dois homens foram presos, em maio de 2020, no Distrito Federal por organizarem um grupo extremista que intitularam “Comando da Intervenção” – que realizava ameaças de morte a políticos e juízes. O objetivo era principal era, segundo eles, combater o coronavírus.

Dentre as propostas para a contenção da Covid-19, uma bastante inusitada acabou chamando a atenção: rolhas no ânus.

Célio Evangelista Ferreira do Nascimento, de 79 anos, e Rodrigo Ferreira, de 40, publicaram vídeos nas redes sociais nos quais sugeriam que o governo adquirisse rolhas e distribuísse a todos os cidadãos brasileiros.

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Segundo eles, o vírus da Covid-19 é propagado pelas gotículas de espirro, mas também se espalha através das flatulências. Assim, com o uso das rolhas a transmissão seria impedida.

Rodrigo Ferreira é advogado e solicita que “se estabeleça a obrigatoriedade do uso de rolha no ânus para todas as pessoas”.

“Os propaladores da pandemia informam que o coronavírus se propaga pelas gotículas do espirro, da tosse e da respiração. Logo, é obvio, que esse vírus também se transmite pelo peido, a flatulência”, iniciou ele.

“Seja decreto determinativo o uso da rolha no ânus com multa de R$ 500 para a primeira notificação e R$ 1 mil para a reincidência. No caso de persistir a conduta da pessoa em impedir de ‘rolhar o ânus’ seja o infrator preso e condenado a quarentena perpétua na ‘ilha das cobras’, junto com a bandidagem terrorista que o órgão executor do estado de sítio eliminará”, detalhou Ferreira.

Célio e Rodrigo foram pesos em uma ação conjunta entre policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) e promotores do Núcleo Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Ncyber) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

Além desta sugestão no combate ao coronavírus, os extremistas ameaçaram de morte políticos e juízes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Um documento encontrado com eles sugeria, veementemente, assassinato ao presidente Jair Bolsonaro.

“O Brasil chegou a um ponto onde não é mais possível resolver os problemas através da razão e do bom senso. Por isso, convocamos a população para matar em legítima defesa de si mesmo e da pátria políticos, juízes, promotores, chefes de gabinetes, assessores, parentes, protetores e demônios de toda sorte [sic]”, destacaram os suspeitos, em mensagens publicadas.

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