Isabel Gonçalves
Durante uma transmissão ao vivo no Youtube, Luana Piovani falou sobre a violência contra a mulher e o machismo, citando casos envolvendo celebridades. A atriz usou a denúncia da figurinista Susllem Meneguzzi Tonani, que acusou o ator José Mayer de assédio sexual dentro da Globo, para introduzir o assunto.
“Não é o primeiro assédio e com certeza não será o último. O que acho genial é que ela rompeu o silêncio, falou. O que mais existe é assédio em ambiente de trabalho, em ambiente de subalterno”, disse Luana.
Na sequência, ela relembrou o caso de Kadu Moliterno, que em 2007 foi acusado de agressão pela ex-mulher e mãe de seus filhos, a jornalista Ingrid Saldanha. Na época, ela expôs o caso publicamente e chegou a ser capa da revista Veja. Já em 2014, ele foi novamente acusado, dessa vez pela ex-namorada, a modelo Brisa Ramos, que também falou abertamente sobre as agressões. Segundo Moliterno, o primeiro caso foi acarretado pelo descontrole da mulher e no segundo, ele se disse chantageado.
“Kadu Moliterno, que já foi meu par, bateu na esposa, ela foi capa da revista “Veja” com a manchete: “Não foi a primeira vez” e não soube de condenação. Continua trabalhando, fazendo novelas, posando com as novas namoradas para as revistas de celebridades”, criticou Piovani.
Luana também criticou a volta do goleiro Bruno ao futebol. O jogador de 32 anos foi preso em 2010 e condenado a 22 anos e 3 meses por homicídio e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio e por sequestro e cárcere privado do filho com a modelo. No fim de fevereiro, porém, foi solto por uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), que entendeu que a demora do julgamento do recurso dá o direito ao jogador de aguardar em liberdade. “Você acha que ele pagou pelo crime que ele fez? Porque ele diz que foi um ‘erro’. Chama matar uma mulher de ‘erro’.(…) E ele está aqui, dando autógrafo, ganhando um puta de uma salário”, enfatizou Luana.
Ela também citou a idolatria dos torcedores por Garrincha e a situação de Dado Dolabella para opinar que a própria sociedade apoia homens envolvidos em casos de violência. “Garrincha enchia a Elza Soares de porrada e é lembrado como herói no Brasil… Dado Dolabella ganhou R$ 2 milhões num reality 6 meses depois de bater na minha cara em votação popular”, criticou.
Luana também criticou a falta de apoio entre as mulheres em casos de assédio. “Tem muita mulher que acha que assédio é brincadeira. (…) É preciso criar consciência, porque muitas mulheres não dão as mãos às outras mulheres. Elas fazem o serviço do algoz”, disse.
Para finalizar o assunto, a atriz defendeu a necessidade de denúncia em casos de violência contra a mulher. “O assédio sempre existiu, mas o silêncio também. (…) A gente tem que romper o silêncio, tem que falar, registrar, denunciar. Só então isso vai começar a diminuir”, concluiu Luana
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