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Morte de funcionário leva polícia a investigar Pablo Marçal

Assédio e Negligência: Polícia Civil de SP investiga circunstâncias da morte de Bruno Teixeira em maratona

Fotos: Reprodução/Instagram

Uma onda de revelações surgiu no cenário corporativo após a morte de um funcionário de uma empresa de Pablo Marçal – coach, empresário e político de São Paulo.

Bruno Teixeira, de 26 anos, perdeu a vida em uma maratona promovida pela ‘Plataforma Internacional’, uma holding de Marçal.

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A tragédia aconteceu em 5 de junho, quando Bruno participou de um desafio de corrida de 21 km, proposto de última hora pela ‘XGrow’, outra empresa de Pablo Marçal. Para surpresa dos participantes, a distância foi dobrada para 42 km sem prévio aviso.

Bruno Teixeira conseguiu completar cerca de 15 km antes de passar mal e ser encaminhado ao hospital, onde infelizmente morreu

Luciano Teixeira, irmão mais velho de Bruno, afirmou à reportagem do jornal ‘O Tempo’ que a empresa de Marçal não prestou qualquer auxílio financeiro com os custos hospitalares ou funeral de seu irmão. Revelou também que Pablo não entrou em contato com a família após a morte de Bruno, o que causou grande angústia.

A amiga de Bruno, Clara Serbim, lançou luz sobre a rotina de assédio moral na empresa em um depoimento emocionante ao jornal ‘O Tempo’, de Brasília. Ela compartilhou que a empresa de Marçal mantinha uma cultura de pressão constante sobre os funcionários para que estes se exercitassem intensamente todos os dias.

As consequências para quem não cumprisse essa demanda poderiam ser a exclusão ou até mesmo a demissão. Pablo Marçal (que foi candidato à presidência em 2022 e, depois, ao cargo de Deputado Federal por São Paulo), sempre exaltou a ideia de controle mental sobre tudo, inclusive doenças.

“Era uma exigência na empresa que todos os funcionários corressem 5 km por dia. A ‘Plataforma Internacional’ não solicitava nenhum exame médico para isso, mas ainda assim obrigava seus funcionários a lerem livros e assistirem às palestras de Marçal”, disse Clara.

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Ela acrescenta em entrevista ao ‘O Tempo’ que os funcionários que não aderissem a essas exigências eram tratados como se estivessem fora da sintonia“.

Bruno Teixeira
Foto: Reprodução/Instagram

Clara lembrou com tristeza do amigo Bruno: “Ele era um sujeito doce, incrível e um grande amigo. Me ajudava muito no trabalho, assim como eu o ajudava. Sabia do desejo dele de sair da empresa, mas ele não teve chance. Sonhava em desenvolver um programa para auxiliar jovens a alcançar a independência financeira, casar-se e formar uma família. A morte dele tem sido extremamente difícil de lidar”.

A crítica de Clara também se estende a Marçal e sua teoria de controle mental. “Ele [Marçal] insiste que não fica doente porque controla tudo com a mente. Mas até onde alguém deve ignorar um sinal de dor?”, questionou a amiga de Bruno.

Quantas vidas terão de ser perdidas?“, acrescentou Clara, que trabalhou na ‘Plataforma Internacional’ de novembro de 2022 a janeiro de 2023.

Após a trágica perda de Bruno, Marçal convocou uma reunião para reestruturar a empresa, introduzindo exames médicos para os funcionários e uma equipe de primeiros socorros. Uma medida essencial, mas que infelizmente veio tarde demais para Bruno. A Polícia Civil de São Paulo segue investigando o caso.

Confira a publicação de Bruno Teixeira no Instagram durante um desafio de correr mais de 40 km:

https://www.instagram.com/reel/CtfcdZ5gn-i/?utm_source=ig_embed&ig_rid=325b472d-485e-48c5-ba3d-a1bf3bc9b36d

Sexismo e comportamento misógino

Uma nova face da empresa de Pablo Marçal, ‘Plataforma Internacional’, foi revelada por uma fonte anônima por medo de represálias. Além das alegações anteriores de assédio moral e negligência, agora surgem acusações de comportamento misógino e sexista por parte de Marçal.

“Pablo já afirmou mais de uma vez, até mesmo em palestras, que caso sinta atração por uma mulher, ele tem a liberdade de demiti-la. Isso para mim é inconcebível. Ele também proferiu que jamais entraria sozinho em um carro com uma mulher, a não ser que tivesse relações sexuais com ela. É um ambiente pesadamente machista“, denuncia a fonte.

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Pablo Marçal não é novato no universo das polêmicas. Ele ficou conhecido quando liderou uma expedição de 32 pessoas ao Pico dos Marins, no interior de São Paulo, e precisou ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros após se perder.

Em 2022, Pablo Marçal se lançou na corrida presidencial, contudo, decidiu abdicar de sua candidatura para apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele se candidatou ao cargo de Deputado Federal por São Paulo, angariando 243.037 votos, mas teve sua candidatura barrada pela Justiça Eleitoral.

Essas alegações de sexismo e tratamento misógino se somam a um conjunto preocupante de questões sobre a conduta e as práticas de Pablo Marçal e suas empresas.

Pablo Marçal
Foto: Reprodução/Instagram

O outro lado: Pablo Marçal se defende das acusações

Após as sérias acusações recentes que emergiram contra Pablo Marçal e a ‘Plataforma Internacional’, a equipe de defesa do coach e empresário veio a público para esclarecer os fatos. A nota oficial enviada ao jornal ‘O Tempo’ foi redigida pelo advogado de defesa, Tasso Renam Souza Botelho.

Em relação ao trágico falecimento de Bruno durante a corrida, Botelho esclareceu quenão se tratava de uma maratona, e sim de um treino normal, como aqueles que muitas pessoas fazem todos os dias, inclusive no local onde o incidente ocorreu. Não havia qualquer estipulação de distância, e a maioria do grupo correu entre 15 e 20 km naquele fatídico dia”.

Botelho ressalta que quando perceberam que Bruno estava passando mal, “pessoas próximas iniciaram imediatamente os primeiros socorros e acionaram a emergência. Devido ao atraso no atendimento, decidiu-se transportar Bruno de carro para o hospital Albert Einstein, que estava a menos de 2 km do local. Foi realizada massagem cardíaca no carro e, chegando ao hospital, foram realizados procedimentos de reanimação por quase uma hora, infelizmente sem sucesso“.

O advogado ressalta que a responsabilidade pelo treino era do próprio corredor, neste caso, Bruno. Botelho compara a situação a uma maratona, afirmando:

“Se você decide correr na São Silvestre, não precisa fornecer exames médicos. Você faz sua inscrição, pega seu número e corre. Legalmente, não há qualquer exigência para tal. Importante ressaltar que não se tratava de uma competição, mas de um treino entre amigos que moram em Alphaville e região”.

Em resposta às acusações de misoginia, Botelho defende que “o fato de não oferecer carona a alguém do sexo oposto é uma conduta esperada de um homem casado que respeita sua esposa. Em tempos em que muitos querem relativizar tudo, especialmente a sexualidade, essa conduta é admirada e aplaudida por verdadeiros cristãos”.

O advogado de Pablo Marçal também assegura que a defesa está em contato com a família de Bruno, prestando todo o apoio e suporte necessário, incluindo o custeio do atendimento hospitalar no Albert Einstein e auxílio no procedimento de liberação do corpo, a pedido da família.

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Botelho finalizou reconhecendo que “infelizmente, fatalidades como essa têm sido cada vez mais comuns nessa faixa etária. Não se sabe explicar por que pessoas tão jovens estão morrendo de causas desconhecidas, como o filho do jogador Cafu, que morreu aos 30 anos jogando futebol, e também o filho do empresário Abílio Diniz, que era triatleta”.

Depois da morte de Bruno, a amiga dele, Clara, comentou o seguinte na última publicação dele no Instagram:

“Defenderei você até o fim. Não foi em vão! Não estamos querendo buscar um culpado, queremos justiça. Mais ninguém pode perder a vida por uma cultura de ultrapassar os limites do corpo como se dependesse apenas da mente. Isso não vai ficar escondido! Você merece toda a homenagem do mundo e ainda assim seria pouco. Você é extremamente importante, muito amado e o melhor amigo que já pude ter. Sei que você faria o mesmo por mim. Eu te amo para sempre!!!! Um dia a gente se reencontra e ficaremos juntos”. 

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