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Vereador quer fim da quarentena pois ‘não há marido que aguente’

Delegado Wellington de Oliveira, de Campo Grande, defende a reabertura de comércios como os salões de beleza

Foto: Reprodução/TV Câmara

Em meio a uma discussão na Câmara Municipal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, o vereador Wellington de Oliveira fez uma declaração polêmica sobre a pandemia do coronavírus. A fala repercutiu nas redes sociais e ele vem sendo acusado de “machista” na web.

O parlamentar defendeu a reabertura de alguns estabelecimentos comerciais pois, segundo ele, “não há marido no mundo que aguente a mulher sem poder ir ao salão de beleza”.

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“Salão é importante. Imagina, a mulher sem fazer sobrancelha, cabelo, unha, não tem marido nesse mundo que vai aguentar, tem que tratar da autoestima”, disse o vereador.

Confira o vídeo:

Os vereadores discutiam a flexibilização de regras de isolamento devido à pandemia de coronavírus. A maioria deles defendia que a retomada deve ser gradativa.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomendou que a suspensão do isolamento tem de ser gradual e cuidadosa. Deve-se levar em consideração ocupação de leitos hospitalares e o ritmo de crescimento de casos.

O estado do Mato Grosso do Sul chegou, nesta terça-feira (7), a 80 casos confirmados da Covid-19 e é o segundo estado brasileiro que mais desrespeita normas para controlar a disseminação da doença.

Segundo o vereador, novas regras tem que surgir, já que o cenário não é mais o mesmo do início da pandemia. “Tudo na sociedade é essencial, se não, não precisaria existir. O ‘bicicleteiro’ é essencial, porque alguém precisa arrumar a bicicleta”, afirmou.

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Sobre a importância das igrejas, ele também fez declarações controversas: “Porque se a pessoa quisesse matar a mulher e os filhos, ele vai e bate na igreja, está fechada. Daí ele fala ‘é um aviso de Deus para eu voltar lá e matar’. Então igreja é essencial, tem que criar mecanismos novos para que a igreja funcione”.

O PDT (Partido Democrático Trabalhista) comentou oficialmente a repercussão do discurso e repudiou as opiniões do parlamentar – que é afiliado ao PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).

“As falas são ofensivas e incentivadoras da violência doméstica. É repugnante que um representante popular e pior, delegado de polícia civil, profira tais impropérios”., escreveu.

Em nota, o vereador afirmou que houve uma “impressão equivocada” sobre seu discurso e afirmou que vai pedir a retirada da íntegra da fala da ata da sessão.

Wellington de Oliveira destacou o que chamou de seu “compromisso na luta pelos direitos da mulher e no combate ao feminicídio e à violência doméstica”.

“Neste ponto minha fala foi interpretada como machismo, ao invés de somente exaltar a mulher, as profissionais da área estética e a importância da autoestima feminina”, disse.

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