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Casal tinge cachoeira de azul para ‘Chá Revelação’ e vira alvo de investigação

Após intensa repercussão negativa nas redes sociais, órgãos públicos investigam possível crime ambiental

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

O Chá Revelação é um evento que se popularizou nos últimos anos no qual o casal se reúne com familiares e amigos para revelar das maneiras mais criativas possíveis – o sexo do bebê que estão esperando.

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No último domingo (25), o casal Anderson Reis e Evelin Talini realizaram o Chá Revelação deles em Tangará da Serra (MT) a 242 km de Cuiabá – e as imagens viralizaram nas redes sociais.

O motivo? O casal decidiu tingir a água de uma cachoeira de azul para anunciar o sexo do filho.

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Assim que as imagens caíram na web, a atitude foi extremamente reprovada por internautas, que apontaram um possível crime ambiental ao terem colocado corante na natureza para chamar a atenção de mais e mais pessoas.

Diante da repercussão negativa, o casal apagou o vídeo. Contudo, as imagens já haviam se espalhado pelas redes sociais – e o chá revelação da cachoeira azul se tornou um dos assuntos mais comentados nesta segunda-feira (26).

O evento aconteceu na Cachoeira Queima-pé localizada em uma propriedade privada em Tangará da Serra (MT).

No vídeo, é possível ver a queda d’água ficando azul para anunciar a chegada de Bento. Além da cachoeira, uma fumaça azul também anunciava que um menino está por vir. 

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT) está investigando o caso e busca identificar qual substância foi usada para colorir a cor da água e constatar se é tóxica ou não. O casal ainda não se pronunciou oficialmente.

Confira o vídeo do polêmico chá revelação da cachoeira:

O chá revelação da cachoeira tingida de azul repercutiu muito na web“A cada dia que passa o Apocalipse deixa de ser medo e se torna uma esperança”, disse um internauta ao assistir ao vídeo.

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Desequilíbrio ambiental pode vir só da falta de aspecto cristalino da água, que pode comprometer algumas espécies que se beneficiam disso e não tem outros sentidos mais aguçados, aumentando a sua predação. A regra sempre deve ser: interfira o mínimo possível na natureza“, opinou uma moça.

Que ideia ridícula. Mais absurdo que fazer o chá revelação”, disse mais um. “Menino? Menina? Menine? Não! É crime ambiental”, declarou outro rapaz. “Acabaram de provar que chá revelação não deveria mais existir, comentou um homem.

“Chá revelação pra revelar a merda que vocês tão fazendo, disse outro. “A coisa tá escalando de uma forma tão grotesca que não dá pra entender mais onde vai parar isso”, opinou ainda outra pessoa ao ficar sabendo do chá revelação.

Chá revelação - cachoeira azul
Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Chá Revelação será investigado

Diante de toda a polêmica, uma pessoa responsável pela festa informou que não foi usado produto químico. Entretanto, disse que só se manifestará depois da fiscalização da Secretaria.

A Sema afirmou que vai notificar os proprietários da área para que os responsáveis pela mudança na cor da água da cachoeira sejam identificados. Possíveis danos ambientais também serão investigados.

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Já a Prefeitura de Tangará da Serra informou que uma equipe de fiscais foi enviada até o local onde aconteceu o Chá Revelação.

Leia a nota da Secretaria do Estado de Meio Ambiente:

“A Sema-MT irá notificar os proprietários da área para que eles informem quem foram os responsáveis e irá apurar se houve dano ambiental, dependendo do material lançado na água. Uma equipe composta por dois servidores da Sema-MT e quatro servidores da Secretaria do Município de Tangará da Serra estão no local e adjacências apurando a denúncia”.

Confira agora a nota da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Tangará da Serra:

“As equipes de Fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em conjunto com a fiscalização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) estiveram no local da ação e estão processando todas as informações que foram coletadas, tanto com as partes envolvidas quanto dos dados ambientais”.

Se for constatado crime ambiental, a depender da qualificação e do andamento do julgamento, a pena pode chegar a até 4 anos de prisão.

Veja uma foto da equipe enviada ao local:

Equipe Sema - cachoeira
Foto: Sema-MT/Cedida
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