A americana Jenna Karvunidis jamais poderia imaginar que sua simples ideia tomaria proporções tão gigantescas. Ela realizou despretensiosamente, em 2008, o primeiro chá revelação da história.
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Hoje em dia, esse tipo de evento é extremamente popular em todo o mundo. Porém, a americana confessou que se arrepende pelos caminhos que a coisa tomou.
Em entrevista recente para a ‘BBC’, Jenna Karvunidis manifestou seus sentimentos quanto ao chá revelação de hoje em dia. Ela começa garantindo que não foi a criadora da ideia e que adoraria que alguém conseguisse provar isso.
“Não sou eu que digo que criei, é algo que dizem sobre mim, e adoraria que provassem que não fui eu. Já me arrependi e me senti culpada e responsável por isso”, afirmou.
O motivo do arrependimento? Com a chegada das redes sociais, esse tipo de evento começou a ficar cada vez mais grandioso. Na tentativa de viralizar na internet, as pessoas tentam inventar revelações dramáticas e, por vezes, perigosas.
“Virou algo tão agressivo. Não é mais só um bolo para compartilhar uma boa notícia. Deveriam ter me avisado que se tornaria essa coisa toda. Hoje, as pessoas explodem coisas para revelar o sexo do bebê, tem gente morrendo por causa disso, há incêndios em florestas, estão usando animais”, diz ela.
A fala de Jenna cita, indiretamente, três casos reais em chá revelação que tomaram conta do noticiário nos Estados Unidos.
- Em outubro de 2019, uma mulher morreu após ser atingida por estilhaços de um explosivo caseiro que revelaria o sexo do bebê;
- Em 2018, um homem atirou contra um alvo para fazer a revelação e acabou causando um incêndio que durou mais de uma semana;
- Outro homem utilizou um jacaré de estimação para revelar o sexo da criança, gerando críticas quanto ao bem-estar do animal, assim como a segurança do próprio dono.
Chá revelação e questões de gênero
Outro problema, para Jenna, é o reforço das questões de gênero que esse tipo de evento traz para a sociedade. Ela acredita que as pessoas deveriam dar menos importância para o sexo dos filhos que estão esperando.
“Hoje, abordamos esse assunto de uma forma diferente do que há uma década. O sexo do bebê é uma apenas questão de anatomia. Não deve ser algo que limita nem define uma pessoa. É o mesmo que anunciar que uma criança tem cabelo loiro ou olho azul. O que importa o que um bebê tem entre as pernas?”, afirma.
A origem
Quando Jenna realizou o primeiro chá revelação, em 2008, ela teve a ideia pois queria empolgar seus familiares após ter ficado grávida. Ela cortou um bolo que tinha o recheio rosa, fazendo todos descobrirem que seria uma menina. “Parecia que o bebê tinha nascido naquele momento”, diz ela.
Depois de contar a história em seu blog, ela acabou sendo convidada para uma reportagem em uma revista. Daí por diante a coisa começou a crescer cada vez mais.
“Aquela revista foi parar nas salas de espera de muitos médicos e parteiras, em uma época em que não era comum ter um smartphone, e as pessoas liam o que havia ali para passar o tempo até sua consulta. As mulheres começaram as descobrir sobre esse tipo de festa quando estavam esperando pelo resultado do seu próprio exame”, contou ela.
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