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Piloto que sobreviveu 36 dias na floresta pode pegar 12 anos de prisão

O voo, que se transformou em tragédia e depois em milagre, transportava uma carga ilícita

Foto: Reprodução

O piloto Antonio Sena ficou conhecido em março de 2021 após sobreviver à queda do monomotor que pilotava e passar 36 dias desaparecido na floresta amazônica.

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Agora, 10 meses depois do ocorrido, ele está sendo denunciado pelo Ministério Público Federal por transportar carga ilícita.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, Antonio Sena transportava 600 litros de óleo diesel no avião, descumprindo às orientações e autorizações da ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil, e causando perigo à coletividade.

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A ANAC informou que Antonio Sena tinha a intenção de pousar em uma pista não homologada pelo órgão. Ele também transportava outros mantimentos para um garimpo ilegal, na fronteira entre Pará e Amapá.

Além disso, ele “decolou com 135 kg de sobrecarga e com o sistema elétrico da aeronave inoperante, em condição aerodinâmica degradada pelo não recolhimento dos trens de pouso”, conforme concluiu o laudo pericial.

Apesar disso, a Justiça Federal ainda não publicou sua decisão sobre a denúncia apresentada pelo Ministério Público. Caso seja condenado, a pena pode variar entre 4 e 12 anos de prisão.

Vida de celebridade

Após se recuperar, o piloto tem vivido dias de celebridade desde então. A história chegou a ser publicada pelo jornal ‘The New York Times’, nos Estados Unidos.

Ele participou de eventos, entrevistas, deu palestras e chegou até a lançar um livro contando a história da tragédia/milagre. Até então, ele nunca mencionou a suposta origem ilícita da viagem.

Relembre a impressionante história do piloto

No dia 6 de março de 2021, após 36 dias desaparecido no meio da floresta amazônica, ele foi resgatado com saúde e reencontrou sua família.

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Assim que o desaparecimento de Antonio foi confirmado, a Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou as buscas, que duraram cinco dias e foram encerradas por não encontrarem nenhum vestígio do avião ou do piloto.

Contudo, a família dele continuou procurando e ofereceu recompensa para quem o localizasse. Segundo Antonio, o que o motivou a lutar pela sobrevivência foi o amor e a saudade da família.

“Posso dizer que a única coisa que me manteve forte para sair daquela situação foi o amor que eu tenho pela minha família e a vontade de ver meus irmãos, meus pais. Se fosse para resumir essa história, eu diria que é uma história de amor e fé”. 

No dia 28 de janeiro de 2021, Toninho, como é chamado pelos amigos próximos, levantou voo sozinho de Alenquer – região oeste do Pará – com destino a uma região de garimpo no município de Almeirim.

Tudo ia bem, até que uma pane no avião o levou a ter que fazer um pouso forçado no meio da mata. O piloto estava voando baixo em uma região com serras de 2 mil metros de altura. Ele, então, conseguiu pousar em um vale no meio de duas serras.

Em entrevista ao ‘Fantástico’, da TV Globo, Antonio falou que a primeira coisa que ele fez ao pousar foi pegar sua mochila, um saco de pão e tudo que, no momento, ele acreditou ser útil para ajudá-lo a sobreviver sozinho na mata. Se distanciou da aeronave que logo pegou fogo.

Antonio contou que caminhava na mata durante boa parte do dia na esperança de encontrar ajuda. “As minhas prioridades sempre foram buscar água e tentar buscar alimento, seja ele qual fosse”, disse.

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Um homem saudável com boa forma, quando foi encontrado, Antonio havia perdido 25 quilos e estava com o cabelo e a barba enormes – marcas das dificuldades que enfrentou.

Ele conta que, durante todo esse tempo, ele se alimentou basicamente de ovos de aves e frutas que encontrava na floresta.

Em uma de suas caminhadas, Antonio encontrou coletores de castanha e conseguiu pedir ajuda.

“Já eram entre 15h30 e 16h e, caminhando no meio da mata, eu vi uma coisa branca. Quando tirei a lona, vi um paneiro com castanha e as ferramentas pra abrir ouriço. Fui procurando a trilha [dos coletores]. Quando encontrei, me apresentei, contou.

Veja uma foto de Antonio recebendo atendimento médico após ser resgatado:

Piloto - hospital
Foto: Arquivo Pessoal
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