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Jornalista critica time da Bahia por contratar goleiro Bruno e viraliza: ‘desprezível’

Jessica Senra se posicionou contra volta de Bruno a um time de futebol que elevará ex-preso à categoria de ídolo

Foto: Reprodução / TV Globo e Divulgação

Jessica Senra, apresentadora da TV Bahia, afiliada da Globo, viralizou nas redes sociais após, em edição ao vivo do noticiário local, se pronunciar contra a possível contratação de Bruno Fernandes de Souza, o goleiro Bruno, pelo Fluminense de Feira de Santana.

Ao noticiar o fato, a jornalista se posicionou a favor de que pessoas que cumpriram suas penas refaçam suas vidas, mas julgou imoral a contratação por um time de futebol que eleva o ex-preso à categoria de ídolo.

Bruno foi condenado em 2013 a 22 anos e três meses de prisão por participação no sequestro e assassinato da modelo Eliza Samúdio. Ele cumpriu parte de sua pena e, já em liberdade, possivelmente, será contratado pelo Fluminense de Feira de Santana para disputar o Campeonato Baiano em 2020.

Na TV, Jessica Senra reforçou seu argumento: “Diante de um crime tão bárbaro, tão cruel, poderíamos tolerar que o feminicida Bruno voltasse à posição de ídolo? Que mensagem mandaríamos à sociedade?”, questionou a jornalista durante o programa “Bahia Meio Dia”.

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Ela disse, também, que a aquisição é um desrespeito às mulheres e a toda a sociedade. “E mais, contratar para um time de futebol um assassino colabora com a ideia de que matar mulheres é permitido desde que você cumpra sua pena, ou parte dela, como é o caso de Bruno”, afirmou Jessica.

Para a jornalista, um time que contrata alguém como Bruno “é tão desprezível quanto os crimes que ele cometeu”. Não satisfeita, Jessica publicou o vídeo com as declarações no Instagram e escreveu um longo texto sobre perdão como legenda.

Neste texto, ela diz que acredita na recuperação do ser humano e que todas as pessoas merecem ser perdoadas, contudo, que isso não significa que os erros devem ser esquecidos. “Perdoar e dar uma nova chance não apaga o que foi feito, não se pode fingir que nada aconteceu. Embora juridicamente o cumprimento de uma pena libera o condenado para seguir sua vida normalmente, é socialmente que precisamos pensar no que toleramos ou não”, afirmou.

Ela completou: “Nem tudo é apenas questão de lei. Há comportamentos legais que são imorais. Um condenado pode e deve ser ressocializado. Deve merecer uma segunda chance. Mas penso que, depois de um crime tão perverso, voltar a ser ídolo, a estar numa posição que lhe confere status de ídolo, é bastante questionável. Penso que o feminicida deve voltar ao trabalho, mas não no futebol, não como ídolo”.

A jornalista finaliza sua publicação relembrando um caso, ocorrido há alguns anos, em que alguns jogadores foram flagrados masturbando uns aos outros no vestiário de um clube gaúcho.

“Os quatro jogadores foram dispensados. Seus nomes, inclusive, foram poupados para evitar que eles fossem banidos do futebol. E é bom que fique bem claro: eles não cometeram crime algum, não fizeram nada contra a vontade de ninguém! Mas, absurdamente, a homossexualidade ainda é intolerável no futebol. Ser feminicida é aceitável? O que você pensa disso?”, conclui Jéssica.

A publicação recebeu comentários de apoio à jornalista, mas também de crítica à sua opinião um tanto quanto polêmica. “Ele cumpriu a pena, por que não pode voltar a trabalhar? Que bom q ele está disposto a mudar, pare de querer lacrar”, disse um seguidor. “E por isso e muito mais que eu te admiro e te amo!!”, disparou uma internauta.

“Todos têm o direito de recomeçar, se ele já pagou a justiça o que devia, ele tem esse direito. É impossível a mudança de Bruno? Quem somos nós pra julgar ele?”, questionou um seguidor. “Futebol pelos valores e relevância social, não pode ser abrigo pra um assassino de mulheres. Parabéns, mais uma vez!”, disse outro seguidor.

Veja a publicação da jornalista Jessica Senra, com o vídeo:

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Eu acredito na recuperação do ser humano. Acredito que a maioria das pessoas merece outras chances depois que comete erros, porque errar é da essência humana. O perdão é um dos sentimentos mais belos que podemos cultivar. Mas perdoar alguém não significa esquecer o que esse alguém fez nem permitir que esse alguém continue em nossa vida. Perdoar e dar uma nova chance não apaga o que foi feito, não se pode fingir que nada aconteceu. Embora juridicamente o cumprimento de uma pena libera o condenado para seguir sua vida normalmente, é socialmente que precisamos pensar no que toleramos ou não. Nem tudo é apenas questão de lei. Há comportamentos legais que são imorais. Um condenado pode e deve ser ressocializado. Deve merecer uma segunda chance. Mas penso que, depois de um crime tão perverso, voltar a ser ídolo, a estar numa posição que lhe confere status de ídolo, é bastante questionável. Penso que o feminicida deve voltar ao trabalho, mas não no futebol, não como ídolo. Defendo sua ressocialização, mas longe de qualquer torcida. E isso não é a lei que vai decidir. É a sociedade. E se ele tivesse estuprado um bebê? O que os “fãs” diriam? Lembro que há pouco mais de dois anos, jogadores foram flagrados num vídeo masturbando uns aos outros no vestiário de um clube gaúcho. Os quatro jogadores foram dispensados. Seus nomes, inclusive, foram poupados para evitar que eles fossem banidos do futebol. E é bom que fique bem claro: eles não cometeram crime algum, não fizeram nada contra a vontade de ninguém! Mas, absurdamente, a homossexualidade ainda é intolerável no futebol. Ser feminicida é aceitável? O que você pensa disso? #NãoAoFeminicídio

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