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Trisal brasileiro consegue registrar filho com duas mães e um pai

Conheça o caso surpreendente de um trisal que obteve reconhecimento legal de União Estável

Foto: Reprodução/Redes Sociais

No cenário familiar contemporâneo do Brasil, surge uma história peculiar e revolucionária. Em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, um trisal composto por Denis Ordovás, Leticia Pires Ordovás e Keterlyn Oliveira, alcançou um marco jurídico inovador.

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A Justiça local liberou a união estável deste trio – uma decisão considerada atípica por especialistas em direito familiar.

O juiz Gustavo Antonello, da 2ª Vara de Família e Sucessões de Novo Hamburgo, acolheu o pedido dos três, após a gravidez de Keterlyn.

Decidimos oficializar a nossa união exatamente depois de descobrir a gravidez de Katy (apelido de Keterlyn)”, compartilha Denis, evidenciando o amor e a união que os motivou a buscar o reconhecimento legal.

O nascimento do filho do trio veio a fortalecer ainda mais essa estrutura familiar um pouco convencional.

Os três, que mantêm um relacionamento uma década, foram registrados como pais da criança, desafiando as normativas tradicionais de família.

A decisão judicial vem em um contexto onde, desde junho de 2018, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) proíbe o reconhecimento de uniões originadas poliafetivas por cartórios. Contudo, como enfatiza Priscila Agapito, especialista em Direito de Família:

Essas famílias continuarão a existir, e ficarão ainda mais descobertas de direitos”.

Por outro lado, Regina Beatriz Tavares, presidente da Associação de Direito de Família e das Sucessões (ADFAS), salienta que a Constituição e a Jurisdição do Supremo Tribunal Federal reconhecem apenas a relação entre duas pessoas como entidade familiar.

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O trisal se formou de maneira orgânica e espontânea, começando com Denis e Letícia, já casados ​​na época, que se aproximaram de Keterlyn no ambiente de trabalho em 2013.

“No início, não pensei em relacionamento. Mas, eu estava curtindo muito estar com eles. Fazíamos tudo juntos: festas, passeios, academia, caminhada, chimarrão no parque, jantar com os amigos”, relembra Keterlyn.

Contudo, o trisal enfrentou desafios iniciais, principalmente na falta de aceitação por parte das famílias.

“Tivemos problemas efetivos com a mãe da Katy e com a mãe da Lê. E também com o pai da Katy, que apesar de não morar com ela, não conseguiu aceitar essa situação“, desabafa Denis em entrevista ao jornal ‘Estadão’.

Contudo, com o tempo, a resistência cedeu lugar a uma maior aceitação, segundo Letícia. Este caso não apenas desafia as normas jurídicas e sociais, mas também abre caminho para novas formas de reconhecimento e proteção de estruturas familiares diversas.

Trisal - Novo Hamburgo - RS
Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Trisal

Em um cenário onde uma diversidade familiar ganha novos contornos, o caso de Letícia, Keterlyn e Denis emerge como um reflexo de amor e desafios.

A união do trio, marcada pela diferença de 20 anos entre Letícia e Keterlyn, revela a complexidade da maternidade compartilhada.

Enquanto Letícia já vivenciava a maternidade com seus dois filhos adolescentes, para Keterlyn, o desejo de ser mãe se mantinha em estado latente.

Sempre tive o sonho de ser mãe, sou apaixonada por crianças, afirma Keterlyn, expressando gratidão por seus parceiros terem aceitado compartilhar essa jornada com ela.

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Letícia, por outro lado, descreve a experiência de ser mãe não gestante como emocionante e singular, estabelecendo vínculos profundos com o pequeno Yan.

Denis, elemento fundamental dessa configuração familiar, enfatiza a importância de considerar Letícia não como uma madrasta, mas como mãe uma plena.

“Nosso objetivo sempre foi fazer a certidão de nascimento no nome dos três”, ele ressalta.

A jornada do trisal, contudo, esbarrou em obstáculos legais significativos. O advogado Everson Luis Gross, que defende o trisal, critica a postura do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em não reconhecer uniões poliafetivas, apesar da decisão favorável no caso específico de seus clientes.

A relutância em alterar a legislação atual, especialmente considerando o perfil conservador do Congresso, é um empecilho significativo.

Priscila, integrante do Instituto Brasileiro de Direito de Família, compartilha uma visão semelhante, ponderando sobre as dificuldades de mexer na Constituição Brasileira.

Por outro lado, ela defende o reconhecimento de modelos familiares alternativos, argumentando que uma intervenção estatal na vida privada contraria os princípios constitucionais de liberdade e pluralidade familiar.

Regina, representante da Associação de Direito de Família e das Sucessões, apresenta uma perspectiva oposta em entrevista ao ‘Estadão’, destacando as consequências econômicas e legais de considerar uniões resultantes entre trisais.

Ela aponta as dificuldades em questões de patrimônio, pensão alimentícia, e direitos perante órgãos públicos como o INSS e a Receita Federal.

Muitos foram os comentários sobre o polêmico trisal que conseguiu União Estável e registrarão o bebê com duas mães e um pai.

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Com o custo de vida atual, trisal é uma necessidade, disse um internauta. “Se pensarmos bem, essa criança terá um suporte maior que a média”, comentou outro.

“No país em que milhares de crianças são abandonadas e não tem pai/mãe no registro, me impressiona que o que choque as pessoas seja três adultos interessados em cuidar de uma criança”, declarou ainda outro rapaz.

Mas teve quem criticasse a situação: “A família tradicional conservadora tem um colapso com isso”, disse uma pessoa. A ruína das famílias é só uma síntese da ruína da sociedade“, criticou um internauta.

“Imagina ter duas sogras? Esse gosta de dor de cabeça“, comentou um homem. “Felicidades para o trisal, pessoas felizes não enchem o saco!!”, disse uma mulher, saindo em defesa do trisal.

“Família é partilha, independente de como será composta. Havendo mútuo respeito, é o que importa“, comentou outra internauta.

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Mulher que fazia parte de ‘trisal’ é encontrada morta dentro da geladeira

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