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Roberto Justus e família se defendem após polêmico áudio vazado sobre coronavírus

Segundo ele, número de infectados e mortos pela Covid-19 no mundo ainda é baixo e reações são ‘uma histeria’

Fotos: Reprodução/Instagram

Após o vazamento de um polêmico áudio enviado pele apresentador Roberto Justus ao colega Marcos Mion, em um grupo dentro de um aplicativo de mensagens, em que ele fala sua opinião sobre a situação do coronavírus, o empresário resolveu gravar um vídeo para se retratar e tentar explicar seu posicionamento controverso sobre a questão.

No áudio vazado domingo (22), Roberto Justus questiona o dado de que um milhão de pessoas poderão morrer de coronavírus no Brasil. Para ele, o que está acontecendo no mundo é “uma histeria” e o vírus não passa de uma “gripezinha leve” para a maior parte da população.

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O que está preocupando o empresário Justus é a crise financeira que isso tudo vai causar. “Mas esse isolamento vai custar muito mais caro. Você está preocupado com os pobres? Você vai ver a vida devastada da humanidade na hora do colapso econômico, da recessão mundial, dos pobres não terem o que comer, das empresas fecharem, do desemprego em massa. Não dá pra comparar com um ‘viruzinho’, que é uma ‘gripezinha’ leve para 90% das pessoas. Não dá pra comparar o desastre que vai ser a vida”.

Roberto Justus se defende

Já no vídeo, publicado em sua conta do Instagram, Justus defende sua posição com mais consistência. “Venho aqui esclarecer os meus pontos de vista de uma forma mais didática. Falaram que eu estou zombando dos mortos e só penso na parte econômica, não é nada disso, muito pelo contrário”, começou.

“Eu falo muito de estatísticas, se nós olharmos para os números de casos do mundo, são 300 mil casos de coronavírus no planeta inteiro, são 15 mil mortos. Ninguém consegue lidar com pessoas morrendo, é muito triste, não tenho dúvidas disso, mas 15 mil mortos para 7 bilhões de habitantes é um número muito pequeno”, inicia Justus.

“No Brasil, nós temos poucos casos ainda e temos, infelizmente, 25 mortos, mas 25 mortos para 210 milhões de habitantes, de novo, um número muito baixo. O que eu quero dizer com isso? Eu quero dizer que nós estamos dando um tiro de canhão para matar um pássaro, nós estamos exagerando na dose. Eu nunca disse que não tinha que tomar cuidado”, disse.

Ele voltou a falar sobre o problema na economia. “Nós estamos parando a economia brasileira, nós estamos destruindo o que vinha se recuperando. Nós estamos vindo de anos de recessão, de queda do nosso PIB, e agora vamos conseguir destruir”, afirma.

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“O que acontece com isso? Um problema social sem precedentes. Aí sim as pessoas vão morrer. Você sabe que muita gente se mata por problema econômico. A tristeza de não poder alimentar os seus filhos, perder seu emprego. O sorveteiro deu um grande exemplo. Ele falou: ‘Não vou morrer de coronavírus, vou morrer de fome'”, completa.

“Vocês sabiam que 15 pessoas, entre adultos e crianças, morrem por problema ligados à desnutrição no Brasil todos os dias?  Eu não vi o Brasil parar por isso. Ou seja, em dois dias morre mais gente ligado à desnutrição, principalmente nos estados do Nordeste, do que de coronavírus. É triste? É triste”, continua.

“Eu falei para o Mion: ‘Eu não estou contra cuidar dos cuidados com o planeta, eu estou aqui isolado, eu tenho mais de 60 anos, eu sou grupo de risco, ok, eu tô falando cuidar das pessoas que tem mais risco, que são os nossos velhinhos, os nossos idosos”.

“Pessoas que tenham alguma doença, diabetes, doenças coronárias, respiratórias, que tem imunidade baixa, mas mesmo entre os nossos idosos, 85% não viram casos graves, apenas 15%. É triste? É triste. Mas não justifica uma reação tão exacerbada, que destrua um país que vai levar anos para se recuperar. Você resolve um problema e cria um muito maior”.

Justus lembrou de outros motivos que matam muito em todo o mundo também. “Você sabia que 1 milhão e 300 mil pessoas morrem por ano de acidente de automóvel no mundo? No Brasil acho que são quase 400 mil. Se nós fizermos um ranking de letalidade do coronavírus, ele vai estar lá em vigésimo lugar. Quantas outras doenças não matam mais. Influenza, nós temos cinco milhões de casos graves, 10% morrem, 500 mil pessoas, boa parte disto está no Brasil. O Brasil já parou?”.

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“Estou tentando minimizar este exagero, essa histeria, esse pânico que se cria quando o Mion e outras pessoas fazem este tipo de vídeo, com as melhores das intenções, são gente boníssima, não se assustem. Não tem que ter aglomerações humanas, tem que eliminar jogos de futebol, shows, as grandes festas, ok”.

“Não vamos botar gente junto, é lógico, vamos isolar nossos velhos e vamos liberar o resto, porque o saudável, quando ele pega o vírus, ele é uma gripe, não é uma coisa tão grave pra quem é saudável e tem imunidade, e vamos criar anticorpos. […] Se durássemos, com esse fechamento da nossa economia, apenas 20 dias, 30 no máximo, ok, cortamos o contato e ok, as crianças voltam à escola, as pessoas voltam ao trabalho, se não o drama vai ser infinitamente maior”.

“Os governantes, a própria mídia exagera um pouco, estão fazendo um trabalho, não de má intenção, mas exagerando porque querem fazer o politicamente correto. E o politicamente correto nem sempre funciona, às vezes atrapalha. ‘Ah, mas os médicos acham’. Os médicos sempre pensam no pior cenário. Eles vivem para curar as pessoas, para evitar o contágio, mas muitos já estão falando que esse lock down total vai criar um outro problema muito maior. Foi isso que eu quis dizer. Cuidar das pessoas é a coisa mais importante que tem, e cuidar dos idosos”.

“Os mortos a gente lamenta demais, ainda mais 25 e mesmo que aumente dez vezes ou vinte vezes, perto de 210 milhões que vivem neste país, ainda é muito pouco para fazer todos os outros sofrerem essas dramáticas consequências com esse shut down do nosso país. Essa preocupação que eu estou tendo é muito mais do que alguns estão imaginando porque eu me preocupo com o que vem por aí, um desastre na vida das pessoas, sem emprego, sem ter o que botar na mesa. Acreditem!”, concluiu.

Assista ao vídeo completo:

Fabiana Justus também comenta o caso

A filha de Roberto Justus, a influenciadora e youtuber Fabiana Justus, recebeu diversas críticas nas redes sociais por conta do posicionamento do pai sobre o coronavírus.

“Avisa para o ‘papito’ que ele está no grupo de risco e não está imune ao covid-19, tá linda? O vírus não escolhe classe social (sei que você não tem nada com isso, mas foi revoltante ouvir aquele áudio)”, disse uma internauta. “Se você sabe que não tenho nada a ver, qual é o intuito desse comentário?”, questionou Fabiana.

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“Ouvi o áudio do seu pai para o Mion. Ele está desesperado pela ideia de perder a mão de obra que mantém a riqueza dele, né?”, questionou. Fabiana respondeu: “Só quero saber o seguinte: eu falei alguma coisa? Você ouviu algum áudio meu?”, escreveu.

Em outras postagens, Fabiana já havia demonstrado preocupação com o coronavírus. “Vamos vibrar energia positiva, mentalizar coisas boas? É isso que meu post diz. Meu nome é Fabiana. Se você quiser saber o que eu penso a respeito, é só ler meus posts desde que tudo começou. Inclusive, deixei um destaque de stories chamado Coronavírus”, disse.

Ana Paula Siebert também se posiciona

A esposa de Roberto Justus, Ana Paula Siebert também comentou a polêmica: “Não era para ter sido exposto”, disse ela, se referindo ao áudio encaminhado para Marcos Mion.

Através dos Stories do Instagram, Ana Paula, que está grávida de sua primeira filha, afirmou: “Estou aqui para responder coletivamente sobre um assunto. Desde ontem tenho recebido muitas mensagens sobre o áudio do meu marido, que vazou de um grupo super pequeno de amigos, ele dando a opinião dele e discutindo um assunto com Marcos Mion”.

“Muitos elogios eu recebi por direct em relação ao áudio, muitas críticas também, pessoas felizes e pessoas revoltadas. O que é natural quando alguém expõe uma opinião, que não era pra ter sido exposta, mas foi… a gente nunca é obrigado a concordar com o que alguém fala. Eu acho muito bom pra quem tem o pensamento divergente escutar opiniões contrárias. Dá uma clareada na mente da gente”, relatou.

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Ela disse mais: “Às vezes a gente também tem que escutar o outro lado, isso é muito importante. A única coisa que acho que não justifica nunca é, quando você não concorda com alguém, é xingar, falar palavrão e ser ignorante. Isso é muito feio! O mundo tá muito cheio de rancor e de ódio pra gente jogar mais ainda. Temos que respeitar a opinião do outro e discutir de uma forma saudável… Decente, nunca com agressividade”.

Confira algumas reações dos internautas no Twitter:

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